terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Poema "VELHO OU NOVO"


VELHO OU NOVO

Venceu-me tão completamente 
Um ar negro de letargia,
Por mais um ano que se finda
E p'lo que no ano se passou…
Pergunto: Quantos viverei ainda?...

Só sou quem eu sou, mal ou bem,
Perdi dos olhos a alegria
Vejam bem como é que estou,
Rindo da esp'rança que não vem
No caminho por onde vou.

Peço assim no particular
Pra todos em geral, também,
Que seja um ano especial
Com saúde, um bem singular…
E não falte o amor a ninguém!!!

José António de Carvalho, 28 de dezembro-2020
Foto de Conceição Silva



segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Poema "MAIS UM ANO" (Acróstico)



MAIS UM ANO



Foi-se sem mais voltar,

Impensável no jeito,

Miserável para amar.



Desligou-se do peito

Enlaçado na maior dor,



Aninhou-se na alma

No meio deste deserto.

Outro ano chegará… é certo!

 

José António de Carvalho, 28-dezembro-2020

Pintura de Mendes da Costa Belmiro (Arte Celano Grupo de Artistas)




sábado, 26 de dezembro de 2020

Poema "NESTE NATAL"


NESTE NATAL

Os sinos soaram baixinho
Tementes do frio da noite,
As melodias ouviram-se mal
Pelos cortes nas lembranças
Do mágico toque do sininho.

As prendas caíram em açoite
Como se fosse um vendaval,
Assustaram tanto as crianças
Que choraram muito baixinho
Como se não houvera Natal.

José António de Carvalho, 26-dezembro-2020
Pintura de Nick Ghafari (in Arte Celano Grupo de Artistas)



domingo, 20 de dezembro de 2020

Declamação do poema "CANÇÃO FORA DE TOM"


CANÇÃO FORA DE TOM 

Não tenho letras para a letra, 
Nem a varinha de condão 
Para descobrir o teu beta 
E cantar contigo a canção. 

Pergunto ao vento que sopra 
O refrão da nossa canção. 

O som sai no tom mais confuso 
Quando vibram as cordas lassas 
Como roca tonta e sem fuso 
Quando quero ver-te e não passas. 

Pergunto ao vento que sopra 
O refrão da nossa canção. 

Carrego o dedo nesta nota, 
alto tom para a ocasião, 
Nesta batalha não há derrota 
Mais cruel para o coração. 

Pergunto ao vento que sopra 
O refrão da nossa canção. 

José António de Carvalho, 02-dezembro-2020





sábado, 19 de dezembro de 2020

Texto "E AGORA QUE É NATAL… "


E AGORA QUE É NATAL… 

Fiquei atrapalhado sem saber o que escrever. Talvez por este Natal apanhar toda a gente desprovida dos sentimentos natalícios a que nos fomos habituando ao longo da vida. 

Talvez andemos todos amedrontados e ansiosos, meios escondidos nas sombras, espreitando, aqui e além, pelas frestas dos dias, a Luz que queremos manter acesa. 

Depois… há infindáveis fios dourados pendurados no presépio do Homem que são necessários cortar. E virão ao de cima as linhas negras que a humanidade, ao longo dos tempos, fiou com desprezo na máquina do saber, e do vencer. 

Já tenho dúvidas se este Natal não será mais verdadeiro do que todos os outros. Se este Natal não nos irá redesenhar na nossa real dimensão. 

Se assim for, sentir-nos-emos pequenos, escondidos de nós mesmos e do inimigo que nos quer matar. Tal como o menino Jesus nasceu: Pequeno, Indefeso e Escondido. Mas deixando-nos como exemplo a magnanimidade e humildade ao longo da sua Vida. 

A isto chamaremos Caminho e Luz. E assim, sobreviveremos, e viveremos com Amor este Natal.

José António de Carvalho, 10-dezembro-2020
Certificado do programa "Livro Aberto"  de Ana Coelho - Rádio Voz de Alenquer 






sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Estamos muito perto das 50.000 Visualizações do Blog. CLIQUE AQUI...



Números e representação gráfica.

Em 08-abril-2021 temos um total de 44.206 visualizações do blog, essencialmente oriundas do nosso país (54,7%), depois segue-se o Brasil com 16,4%, decréscimo acentuado nos últimos meses, USA com 16,2%, representa uma subida do número acessos ao blog. O maior destaque de aumento das visualizações vai mesmo para a vizinha Espanha, seguida do Canadá e EAU.



Representação gráfica












quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Poema "ISOLAMENTO DE NATAL" (E-book de Natal 2020 do Solar de Poetas)



Primeiro poema da minha participação no e-book de Natal 2020 do Solar de Poetas e Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa.
Agradeço aos amigos das letras Rosa Maria Santos e José Sepúlveda a oportunidade concedida pelo terceiro ano consecutivo.


ISOLAMENTO DE NATAL


Vou sonhar com uma linda estrela
Que de longe virá visitar-me,
Será entre as outras a mais bela,
Por eu estar só, virá consolar-me.

Este Natal sem nada, vazio,
A lembrar a árvore despida.
Sem amor, fugiu, esse vadio,
Com os elos que ligam a vida.

A lareira matará o frio,
Na entrada pelo postigo aberto,
Comendo da noite esse ar sombrio
Que a alma carrega pelo deserto.

A estrela prosseguirá no céu,
Luz num mundo desafortunado,
Mostrando o caminho que é seu
Pra quem sofre um Natal confinado.

José António de Carvalho, 30-novembro-2020
Foto do Certificado de participação no e-book de Natal 2020 do Solar de Poetas 
Foto da internet







sábado, 12 de dezembro de 2020

Poema "PERGUNTAS E PINHAS DE NATAL" e-book Solar de poetas

Primeiro poema da minha participação no e-book de Natal 2020 do Solar de Poetas e Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa.
Agradeço aos amigos das letras Rosa Maria Santos e José Sepúlveda a oportunidade concedida pelo terceiro ano consecutivo.


PERGUNTAS E PINHAS DE NATAL

Interrogo o vento p'la direção,
A chuva incessante que faz a cheia,
O frio que leva os dedos da mão.

Interrogo por que as secas esmirram
Esse silêncio nas bocas cerradas
E lágrimas que nos olhos espirram.

Interrogo toda a mente egoísta
P'lo materialismo exacerbado
No tenebroso culto do "eu" endeusado.

Interrogo da beleza da flor
Qual a razão p'ra haver gente sem pão
Ou qualquer Natal sem ninhos de amor…

José António de Carvalho, 21-novembro-2020
Foto da internet
Certificado de participação no e-book



quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Poema "CANÇÃO FORA DE TOM"

Participação no XXII Evento de Poesia "Encontro Pôr do Sol" do Grupo Arte & Literatura Recanto da Poesia, a convite da amiga das letras Nilma Soares. 


CANÇÃO FORA DE TOM

Não tenho letras para a letra,
Nem a varinha de condão
Para descobrir o teu beta
E cantar contigo a canção.

Pergunto ao vento que sopra
O refrão da nossa canção.

O som sai no tom mais confuso
Quando vibram as cordas lassas
Como roca tonta e sem fuso
Quando quero ver-te e não passas.

Pergunto ao vento que sopra
O refrão da nossa canção.

Carrego o dedo nesta nota,
alto tom para a ocasião,
Nesta batalha não há derrota
Mais cruel para o coração.

Pergunto ao vento que sopra
O refrão da nossa canção.

José António de Carvalho, 02-dezembro-2020
Foto minha (António Zambujo e Banda, Casa das Artes, Vila Nova de Famalicão)