segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Poema "Feliz Ano Novo"


Feliz Ano Novo!

Cada segundo é uma volta
E nas voltas do minuto,
Mais sessenta a hora solta
Em mais vinte e três loucas
Um dia que nos fecha as bocas.

Em sete dá-nos a semana,
Corridos por cinquenta e duas,
Com mais uma ou duas luas,
Nas fases a esfera não engana,
Faz de novo correr o pano
Pra fechar mais um ano.

Cada ano que se encerra
Muito de nós carrega…
O muito que deixámos
Ou que nos acompanhe
É pretexto pró champanhe.

Uma volta dada pelo ovo
Põe-nos no ponto de partida
Somadas mais voltas na vida.
Respiramos fundo: Aaaah…
Sorrimos a todo o mundo
E damos Vivas ao Ano Novo!!!!

JA18/19C





sábado, 29 de dezembro de 2018

Poema "Encontro"


Encontro

O nosso encontro secreto
Dá-se lá longe
Ao largo, no horizonte
Onde o sol se une ao mar,

Reluzente tesouro
Brilhante como ouro
Místico e real
Fogo intenso e carnal.

E tu eclodes das águas
Com a força de furacão
Pra equilibrar na tempestade
Os ventos oprimidos
Neste pobre coração.

JA18C



Poema "Ao Ritmo da Música"


Ao Ritmo da Música

Não há luzes nem traços
Apenas os teus passos

Que marcam o ritmo
Do coração

Em aproximação
E nos leva à libertação.

No calor dos abraços
A ponta dos dedos

Dissipam os medos
Desvendam os segredos

Em nós bem guardados
De poemas nunca rasgados.

JA18C



sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Poema "Noite de Natal" (soneto)


(Participação no Sarau União Poética Académica da Academia Virtual de Arte Literária, br.)

Particação no E-book de Natal do Grupo Solar de Poetas. (Ver página 60) 

https://issuu.com/correiasepulveda/docs/ent_o__ser__natal__livro_?fbclid=IwAR0Qolf1L1TVkq0wAscsv_qfZZz0MRkoMp7z4H0yWGN5cVLoXbao_vZQ78Y


Noite de Natal 

Irrompe no céu majestosa estrela
Carregada de sentimentos belos,
Entra em casas modestas e castelos
Pela larga porta ou exígua janela.

Raio de luz que entra no coração,
Não diferencia nem discrimina,
Brota a mais pura água cristalina
No Homem, apelando à união.

Irrompe no céu estrela majestosa,
Alba e perfumada, a vida ilumina
Dando ao mundo noite gloriosa.

Irrompe no céu a estrela de Natal
Que nos atenua as dores e mágoas.
Natal é Natal! Tão diverso e igual!

JA18C




terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Poema "Zé Povinho, Novo ou Velho é o Vinho" (soneto)



Zé Povinho, Novo ou Velho é o Vinho

Como ninguém, conhecem-no tão bem,
Sempre Zé, venha ele de onde vier,
Zé simples… sê-lo-á onde estiver,
Ainda que queira parecer alguém.

A ansiedade social o faz,
Pelo esforço do trabalho amealha,
Nunca passa da mísera migalha,
Quem o esmifra é que se satisfaz.

Pobre Zé, muito irritado lá ralha,
Mesmo sendo bastante astuto e audaz,
Acaba por crer que é sua a falha.

E assim se reduziu a luz fugaz,
Não passaria o pátio da gentalha,
Pois não é o lugar que o satisfaz.

JA18C





domingo, 16 de dezembro de 2018

Ebook de Natal do Grupo "Solar de Poetas" (3 poemas meus nas pág. 190 a 195)




Ebook de Natal do Grupo "Solar de Poetas".
Entre os muitos e belos poemas de Natal encontrarão 3 poemas meus. (pág. 190 a 195)
Agradeço a simpatia e gentileza da poetisa e administradora desta página do facebook, Rosa Maria Santos. 👏
VOTOS DE FELIZ NATAL E BOM ANO DE 2019!


Copie este endereço e cole no motor de busca google

https://issuu.com/rosammrs/docs/belem_efrata__livro?fbclid=IwAR0xD6tmauUkajiif3jwNPqGOpcIXl-OAa3fMbU0njNPXxIXdVY28Gdb_EI






terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Poema "Às Vezes, e São Tantas as Vezes" (soneto)


Às Vezes, e São Tantas as Vezes

Às vezes vejo tudo tão etéreo,
Tão belo, ordenado e perfeito,
Que nem sei se isso é defeito,
Ou efeito de demagogia a sério.

Às vezes pergunto-me a idade,
Eu próprio devo-a ter esquecido,
Não porque ande por aí perdido,
Mas porque não vejo a verdade.

Às vezes, e são tantas as vezes,
Vejo o mundo à deriva, dividido,
No extremo de vaguear subvertido,

Cego, de olhares e visões vieses.
Resta que trabalhes, lutes e rezes,
Cais cansado, mas nunca vencido.

JA18C





domingo, 9 de dezembro de 2018

Poema "Coração é Vermoim e Famalicão" (soneto)


Coração é Vermoim e Famalicão  

Neste meu mundo bem pequeno
Cabe um outro de maior dimensão,
Pra mim oiro: Vermoim e Famalicão,
Se o vejo tão frágil, dócil e ameno.

Campos de milho verde pendoado
Tão verde quanto as castas do vinho,
Tinto e branco, já foram centeio e linho
Tecido e saber a quem o tenha herdado.

Letras cantadas por este simples povo,
O romance aprendeu e por gosto aplica
Matéria-prima com que cria mundo novo.

Rios que passam deixando a saudade
Das águas cristalinas, visão hoje idílica,
Do sonho se tornarão em mera realidade.

JA18C



quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Poema "MÃE! ESQUEÇO-ME DE MIM…" (soneto)

Participei com este poema ao Evento on-line dedicado ao Dia da Mãe, em 09-maio-2019, do Grupo Mel Poesias.

MÃE!
ESQUEÇO-ME DE MIM…


Quais sinais que preciso de te dar
Para te dizer, sempre, que estou aqui,
E quantas dores tive que esqueci
Do cansaço de tanto te esperar.

Como doem as pernas e meus braços
A boca pelo riso nunca abrir.
Meus olhos não te veem a florir,
Inda assim resisto aos meus cansaços.

Ando eu de coração mole e dorido
O aspeto duro e triste, quando o faço,
É em choro que apago este meu traço

Varro as folhas do amor no chão caídas,
Da árvore foram-se desprendendo...
Estás triste Mãe? Como me arrependo!

José António de Carvalho, 2018 (reformulado a 30-abril-2021)




domingo, 2 de dezembro de 2018

Poema " Sento-me, Sinto-me e Escrevo" (soneto)



Sento-me, Sinto-me e Escrevo

Sinto-me calmo, estranhamente calmo,
Como pronúncio de tempestade no mar,
E as nuvens num cinza branco a pairar
Na confiança do vigésimo terceiro salmo.

Esta tranquilidade é o espetro do óbvio,
E do total ignorar da vida que me rodeia.
Aqui fechado, onde o coração incendeia,
Alienado do mundo carregado de ódio.

Não me importa nada que subam o pódio,
Porque o meu caminho é duro e sinuoso,
Não ambiciono ascensão a mundo luxuoso.

Prefiro a serenidade deste poema na mão,
E o crepitar dos sentimentos no coração,
Em contraponto ao do homem pomposo.

JA18C