Às Vezes, e São Tantas as Vezes
Às vezes vejo tudo
tão etéreo,
Tão belo, ordenado e
perfeito,
Que nem sei se isso é
defeito,
Ou efeito de
demagogia a sério.
Às vezes pergunto-me
a idade,
Eu próprio devo-a ter
esquecido,
Não porque ande por
aí perdido,
Mas porque não vejo a
verdade.
Às vezes, e são
tantas as vezes,
Vejo o mundo à deriva,
dividido,
No extremo de vaguear
subvertido,
Cego, de olhares e
visões vieses.
Resta que trabalhes, lutes
e rezes,
Cais cansado, mas
nunca vencido.
JA18C
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