sábado, 29 de setembro de 2018

Poema "EU QUERO SER" (soneto)


Poema escrito para as crianças do 4º ano da Prof. Cida Oliveira

Poema lido no sábado, dia 29-maio-2021 (sábado), no programa "As Nossas Raízes" da Cidade Hoje Rádio, da autoria e apresentação de Manuel Sanches e Suzy Mónica.



EU QUERO SER

Quero ser a criança que sorri,
Ter momentos na minha gargalhada,
Véu de água cortada se surfada,
Estrelas de um estio vivo aqui.

Montar a bicicleta e ir por aí,
Respirar o ar que sinta leve e puro,
Sonhar ó sol, brincar e ver futuro,
Saborear o fruto que comi.

Tentar melhorar cada dia mais,
E ser gentil, amigo e bom rapaz
Para te dar a mão sempre que cais.

A singular doçura de donzela,
Se altera o coração, não sou capaz
Dar-lhe flores a olhar nos olhos dela.

JA18C - José António de Carvalho - Poema reformulado em 30-setembro-2020
Foto net.









sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Poema "As Flores e a Poesia" (soneto)


As Flores e a Poesia

Dou rosto por uma poesia singela
Tão simples o quanto é o meu viver,
De complicado já basta este meu ser,
Peço às flores que a tornem mais bela.

Às flores do óvulo e do ovo, e da vida…
À flor do sorriso, da pele, do teu olhar,
Trato e sonho-as num jardim de encantar,
Flores nuas com alma de poesia vestida.

Flor da Vida e da morte, flor do monte,
Flor do campo e singela, rosa dobrada,
Flor de jarra, bela, perfumada, mas cortada

E condenada a não ter seu outro horizonte,
Fútil ultraje esse, que a impede de exalar
O perfume das flores e o sentido d’amar.

JA18C






terça-feira, 25 de setembro de 2018

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Poema "Primavera" (soneto)

Primavera

Que anseio é este tão grande?
Porque te canto a esta distância?
Estação e memória da infância
E a de sempre que me lembre…

Isto é a Vida! A natureza abrolha,
O mais vagaroso coração acelera,
A tua lei, natureza, é a que impera
E todo o pombo pomposo arrulha,

Faz e refaz ninhos. Também a cama
Se faz e desfaz. É a seiva que pulula.
Tudo nos transforma quando se ama,

Razão do mar que no sangue circula,
Pelo pulsar do coração que inflama
Ação e reação do sentir até à medula.



JA18C





sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Poema "Outono" (soneto)


Outono

Sempre me mandas os dias pela metade,
Sendo metade luz e outra metade noite,
Dia em alegria, e a noite fria como açoite.
O vento vergasta as folhas à sua vontade

E levanta nuvens de pó na terra ressequida,
Não lhe basta ser terra e não poder dar nada,
Anseia a água como o amante a sua amada,
Esgotada de tudo, parece velha e encolhida.

Também sinto outono na minha alma cansada,
Cansaço menos natural que o da mãe natureza,
Flores que eram, frutos foram. Agora… a pobreza.

Quase nada resta de vida risonha e ensolarada,
De dias quentes e alegres, de gente apaixonada.
Venham dias! Tragam alegrias, e levem a tristeza!

JA18C




quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Poema "O Quanto Te Quero" (soneto)


O Quanto Te Quero

Se me vires a olhar as estrelas
E este voar em sonhos contigo,
Verás que não te ter é castigo
Tão grande como o não vê-las.

É como o perder a luz do dia
Ou o respirar do ar mais puro,
Não te ter é sentir-me inseguro
Ter fechado o sorriso à alegria.

Se o nenúfar só floresce na água
Nela afogarei toda a minha mágoa
Da ânsia de ver chegado esse dia.

Sou o rio que no mar se esvazia
Da água límpida e do amor sentido,
Doce sal nos meus lábios adormecido.

JA18C




sábado, 15 de setembro de 2018

Poema "Amizade" (soneto)

Amizade

Sonho com ela em todos os momentos,
Alimento-a como às flores dos canteiros,
Para não me perder em severos janeiros
Que se perdem na memória dos tempos.

Anseio por ti como da água pura das fontes,
Que me apaziguas e matas a ansiedade
Nua do engano e na verdadeira realidade,
Guardo-te a sete chaves e fortes correntes.

Amizade, quero-te assim fresca e singela,
Jovem que todas a manhãs se põe à janela
Deslumbrante e bela. E se no bem te sentes

Subsistirás ao tempo que as agruras debela,
Lançando-te sobre mim em aroma de canela,
E da minha vida peço-te que não te ausentes.

JA18C

Foto: JA17C




quinta-feira, 13 de setembro de 2018

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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Poema "Tudo o Que é Teu" (soneto)

Tudo o Que é Teu
Se posso ter a doçura do teu sorriso,
Não me deixes aqui a desesperar,
Porque o tempo assim custa a passar
Se não tiver do que mais preciso.

Se podes dar-me o brilho do teu olhar,
Dá-mo rapidamente, para não recair
Neste abismo d’ onde teimo em sair.
Olhar que me dará a força pr’ andar.
Se posso ter as carícias de tuas mãos
Diz-me a razão para continuar a sofrer
Esta miserável angústia de não as ter.
Se me podes ter no calor do coração,
E tu do meu tens esta ardente paixão,
Junta o calor do teu ser, ao meu arder.
JA18C



terça-feira, 11 de setembro de 2018

Poema "Sem Razão" (soneto)

Sem Razão

O mundo estremeceu quando acordou.
Terá a esfera voado para um outro lado?
O Homem chorou por si mesmo vergado.
A razão não morreu, a vida apenas abanou.

A luta mais dura do Homem faz-se em si
Nos aposentos do seu débil e duro coração.
E busca, procura… e não encontra sábia razão
Para parar de destruir tudo o que constrói.

A vida resiste tenazmente entre os destroços.
Muitas outras não, e passam para lá do limite.
As tantas que se perdem sem medir esforços…

Homem que se ilude. Acha que apenas faz o útil.
Pasme-se! E não fica uma semente de remorsos
Das vidas que todos os dias se vão por coisa fútil.

JA18C





sábado, 8 de setembro de 2018

Poema "Estou triste" (soneto)

Estou triste

Ando assim triste há algum tempo
E não sei se verdadeiras razões tenho,
Porque neste caminho por onde venho
Tenho visto gente em choro e lamento.

Se cada um sabe das suas dores
E só Deus sabe das dores de todos,
Se me disseres tudo em bons modos
Farei o meu caminho por onde fores.

Não me leves por igual aos outros
Porque ninguém é igual a ninguém,
Nesta vida que se consome aos poucos.

Oh! sábado quente, cinzento e tristonho
Que abrigo dás a estes pensamentos loucos
Decapita a dor que me vai tirando os sonhos.

JA18C




quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Poema "Vida" (soneto)


MENÇÃO HONROSA – Tema: “VIDA” (Grupo Poetas de Indaiatuba e do Mundo, FB)

Vida

Há quem a veja só como um jardim,
Uma ilha paradisíaca ou uma balada,
Um oásis, um sonho, uma madrugada.
Não! A vida é tudo isso e mais… Sim!

É um verso, uma estrofe, um poema,
Uma planta, um micróbio. É Ser alguém.
O animal marinho, a ave e outros cem.
Oh, se a vida fosse a felicidade plena...

É mais do que a obsessão de ganhar,
Ultrapassar, ignorar, anular, aniquilar.
Regatear mil cuidados à bela açucena.

É certeza das estações do ano que vem,
Dos dias de sol e de nuvens também.
É solicitar e retribuir a quem me acena.

JA18C





segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Poema " Rios de amor" (soneto) - X Antologia da Chiado

Este poema faz parte da Antologia de Poesia da Chiado Editora, intitulada "Entre o Sono e o Sonho"

Rios de Amor

Se o amor crescesse como os rios
No frágil leito até acordar no mar
E o verão não os fizesse minguar,
A minha pele derreteria d’arrepios,

Pela soma de tantos dias a somar,
Sonhos e mais sonhos, até um dia
Que se para de sonhar. E nada adia
A vinda desse dia… temido desaguar.

Mar onde se ri, chora, vive e morre,
O calor dissipa deste tempo que corre,
Onde o sol se afoga e o amor se esvai.

Ó rio que nas tuas águas a poesia vai
A bordo do coração em máximo vapor,
Pequena barcaça onde só cabe o amor.

JA18C




A minha participação na X Antologia de Poesia Portuguesa Contemporânea
"Entre o Sono e o Sonho"

Da Chiado Editora
Coimbra, 21 de outubro de 2018
Com o Antólogo Dr. Gonçalo Martins, Presidente da Chiado Grupo Editorial