sexta-feira, 28 de maio de 2021

Poema "TERRA LAVRADA"

Participei com este poema no programa Livro Aberto da RVA, de Ana Coelho, emissões de 21-maio e 28-maio-2021.


TERRA LAVRADA

Canto a magia do amor
de tudo que é natural e belo.

Canto o quente e húmido respirar
naquele voltar de si escaldante,
no enrolar selvagem e louco,
em voltas irreais e alucinadas.

E sente um prazer ardente
quando recebe nova semente.

Tão grande é o poder da terra
que acorda para novo ciclo
expondo o seu fértil ventre
a tão desejado regresso.

José António de Carvalho, 17-maio-2021
Foto: "gettyimages.com.br"





sábado, 22 de maio de 2021

Poema "DO ALTO DA MINHA TERRA"

Poema lido hoje, sábado, dia 05-junho-2021 (sábado), no programa "As Nossas Raízes" da Cidade Hoje Rádio, da autoria e apresentação de Manuel Sanches e Suzy Mónica.


DO ALTO DA MINHA TERRA


Vivo nesta simples terra.
Nesta terra que sempre foi minha.

Aqui sinto-me um gigante.
Não porque ela me aumente o tamanho,
Se só me enche o coração.

Nem tão pouco porque seja grande,
Se ela é bem pequena.

Tão só vivo do seu Alto,
Porque é assim que a sinto...

José António de Carvalho, 22-maio-2021
Foto da minha autoria



segunda-feira, 17 de maio de 2021

Poema "TEMPO DE UM ABRAÇO"

Participei com este poema no XLI Encontro de poesia do Grupo Arte & Literatura Recanto da Poesia, que decorreu a 19-maio-2021, a convite de Rosangela Bruno Schmidt Concado.

Poema lido no sábado, dia 22-maio-2021 (sábado), no programa "As Nossas Raízes" da Cidade Hoje Rádio, da autoria e apresentação de Manuel Sanches e Suzy Mónica.


TEMPO DE UM ABRAÇO

O teu olhar será sempre doce,
mesmo quando tapas os olhos
pensando que escondes a alma.

Mas leio-te profundamente
no intenso azul do mar.

E bebo palavras da tua boca,
saciando-me em enredos
de conquista dos teus lábios.

E devolvo-me ao sonho,
numa entrega voluntária,
atado nas cordas dos braços,
num abraço que dilui o tempo.

E permaneço…
Permanecemos,
abraçados
a sentir a leveza do vento.

José António de Carvalho, 17-maio-2021
Foto Pintura de “Camisa Arte Abraço De Gaia”






sábado, 15 de maio de 2021

Poema "QUEM SABE SE UM DIA…"

Poema lido no sábado, hoje, 15-maio-2021, no programa "As Nossas Raízes" da Cidade Hoje Rádio, da autoria de Manuel Sanches e Suzy Mónica, dedicado ao Dia Internacional da Família.


QUEM SABE SE UM DIA…


Venceremos as diferenças,

Cumpriremos os desígnios,

Apagaremos os interesses,

Riscaremos o egoísmo,

Viveremos em respeito

E esqueceremos a regalia

Do privilégio individual

Para a comum alegria...

 

Aí…, nesse dia,

Talvez experimentemos

O calor que corre nas veias,

E assim alimentemos

O sentimento de família!!!!

 

José António de Carvalho, 14-maio-2021

Foto Eurocid - Dia Internacional da Família




quinta-feira, 13 de maio de 2021

Poema "O SOL DA VIDA"

Participei com este poema no XL Encontro de poesia do Grupo Arte & Literatura Recanto da Poesia, que decorreu a 12-maio-2021, a convite de Rosangela Bruno Schmidt Concado.

(Um ano depois...)


O SOL DA VIDA

Se quando o dia é mais dia,
De sol cor de ouro, forte e quente;
O coração mais que explodia
Num sentir de jovem, tão ardente.

Quando chegados ao ocaso,
E toda a beleza envolvente
Vai perder-se nos turvos traços…
Mas ainda temos alguns passos
Pra fazermos caminho em frente.

Mais tarde, quando a noite cai,
Lá no céu, as estrelas e a lua,
Bem sorriem, como quem vai
Para a festa da sua rua.

Mas a festa é em cada um,
Se houver motivo para haver.
De cada sonho faz mais um,
Com brilho do sol a nascer…

José António de Carvalho, 12-maio-2021
Pintura de António Miranda - Arte Celano, Grupo de Artistas







terça-feira, 11 de maio de 2021

Poema "ECLIPSE VERDE"


ECLIPSE VERDE


Num ano de tanto sofrer

Andava de negro vestido,

E tão necessária a mudança.


Que assim lá começo a correr

E se desço o negro prá calça,

Visto a camisa da esperança.


José António de Carvalho, 11-maio-2021

Sporting Clube de Portugal sagra-se Campeão Nacional de Futebol

19 anos depois.



quinta-feira, 6 de maio de 2021

Poema "IDENTIDADE" - Dia Mundial da Língua Portuguesa


IDENTIDADE

É como alvorada que acontece.
O sal das sílabas torna-se igual.
Unidos os mares, e que mares…
De ondas de palavras e alegria,
Que em bocas distintas permanece.
Esse nó que ata o ser desigual
Abolindo as fronteiras vulgares
De que o nosso mundo padecia.

Neste vislumbre transcendental
Que suplanta montanhas e vales,
Fervem os ritmos e a melodia,
Luz de novo sol que resplandece,
Água viva em fio umbilical
A alcançar voos mais singulares
Nas asas da língua em poesia
Que em dourada alvorada acontece.

José António de Carvalho, 05-maio-2021
Foto - 





terça-feira, 4 de maio de 2021

Poema "NÃO HÁ PARTIDA"


NÃO HÁ PARTIDA


Não há partida quando vai,
Quando vai apenas a pele...

A pele e o esqueleto.
Se deixou para trás
Tudo o que era quente,
Tudo o que era vivo,
Tudo o que era sangue…
E o coração não o desmente.

Depois…
Há rasgos de insana loucura;
Nos encontros e desencontros,
Na perda e na procura
Dos caminhos do envelhecimento.

Sem critério, sem conhecimento
E sem sentimento,
Nem o barco se faz ao mar...

José António de Carvalho, 04-maio-2021
Pintura de António Miranda (ARTE CELANO - Grupo de Artistas)