terça-feira, 4 de maio de 2021

Poema "NÃO HÁ PARTIDA"


NÃO HÁ PARTIDA


Não há partida quando vai,
Quando vai apenas a pele...

A pele e o esqueleto.
Se deixou para trás
Tudo o que era quente,
Tudo o que era vivo,
Tudo o que era sangue…
E o coração não o desmente.

Depois…
Há rasgos de insana loucura;
Nos encontros e desencontros,
Na perda e na procura
Dos caminhos do envelhecimento.

Sem critério, sem conhecimento
E sem sentimento,
Nem o barco se faz ao mar...

José António de Carvalho, 04-maio-2021
Pintura de António Miranda (ARTE CELANO - Grupo de Artistas)






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