REVELO-ME ATRAVÉS DE SIMPLES VERSOS (Reservados os direitos de autor)
sábado, 20 de abril de 2024
Poema "RAÍZES DOS CRAVOS"
RAÍZES DOS CRAVOS
O tempo nunca esmagou
esse desejo indomável
de correr pelas searas
entre papoilas vermelhas
que a memória guardou.
Ergueram-se rubros cravos
que nasceram para sempre
enraizados na história,
no íntimo e na memória,
desse abril ainda presente.
E nasceu para viver
também no que agora nasce,
porque aquele que morreu
esse abril nunca esqueceu.
Lutou para que ficassem,
entre nós e prós vindouros,
novas sementes e frutos
de singelos cravos rubros
naturais da cor do sangue
dum sonho que não se extingue.
José António de Carvalho, 12-março-2024
terça-feira, 16 de abril de 2024
Poema "MÚSICA É LIBERDADE"
Abre Abril
o que se mantém fechado.
Talvez um violino junto ao rio
no fervor das cordas vibrantes
lance as notas da liberdade
nos versos que hoje cantamos
e que não se cantavam antes.
É assim que se abre esse Abril
farol de épica transformação
que do silêncio fez palavras
quando cantadas a razão e lei
que rege a razão e o coração…
E será sempre Abril
independentemente da condição
sempre que se cante nova canção!
José António de Carvalho, 16-abril-2024
domingo, 7 de abril de 2024
Poema "SAUDADE" (Soneto, adaptado)
Poema "SAUDADE" (soneto)
Só dos que partiram sinto saudade,
Foram-se sem regresso, sem querer,
Que tudo fizeram para viver...
Tudo o resto não é mais que vontade.
E... Saudade do tempo de pequeno?
Não quero ser de novo uma criança.
Quero ter esta idade e ter esp'rança
Que hoje e amanhã o sol será ameno.
Saudade de sentir o calafrio?
Mais do ideal que sobe pela idade,
Na poesia inteira e sem vaidade.
Saudade?... Pelo meu pai que partiu;
Pelo meu irmão, que assim o seguiu.
E cresce dia a dia… que saudade!!!
Foto de António Miranda - Arte Celano, Grupo de Artistas
quinta-feira, 4 de abril de 2024
Poema - "SEDUÇÕES DE ABRIL"
SEDUÇÕES DE ABRIL
Abril, abril que seduzes as aves,
Os verdes campos, as sementeiras;
Cravaste luz nos olhos cegos com traves
De uma vida faminta em ovelhas ordeiras.
Sopra a brisa leve deste abril no rosto,
Perfume de cravos, rosas, rosmaninho.
Agora já não é tarde para a flor do linho
Adornar cinquenta anos, e tanto gosto…
E logo que morreu o reino das trevas
Em que pensar era pecado, heresia,
Fica-nos na boca o sabor da democracia
E todos os sonhos que nas asas levas.
José António de Carvalho, 04-abril-2024
Foto "Pinterest"
segunda-feira, 1 de abril de 2024
Poema "NÃO É MENTIRA"
NÃO É MENTIRA
No meu coração trago a minha terra.
As minhas veias são ruas e ruelas
rodeadas de verde e bem iluminadas,
que não acabam nas casas de portas fechadas,
mas apenas onde se deixa de ver
a razão do coração pintada a fantasia
no rosto da minha terra a rir de alegria…
José António de Carvalho, 01-abril-2024
Foto da minha autoria.
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