sábado, 20 de abril de 2024

Poema "RAÍZES DOS CRAVOS"


RAÍZES DOS CRAVOS


O tempo nunca esmagou
esse desejo indomável
de correr pelas searas
entre papoilas vermelhas
que a memória guardou.

Ergueram-se rubros cravos
que nasceram para sempre
enraizados na história,
no íntimo e na memória,
desse abril ainda presente.

E nasceu para viver
também no que agora nasce,
porque aquele que morreu
esse abril nunca esqueceu.

Lutou para que ficassem,
entre nós e prós vindouros,
novas sementes e frutos
de singelos cravos rubros
naturais da cor do sangue
dum sonho que não se extingue.

José António de Carvalho, 12-março-2024
Foto "Pinterest"




Sem comentários:

Enviar um comentário