Poema dedicado à minha mãe, feito para a Antologia "Minha Mãe" da Chiado Editora, invocando as Mães pelo seu dia. (08 de Maio)
DIGO-TE…
Encheste o cálice da vida
e eu nasci dentro do tempo,
lançado à ira de um frio janeiro.
Deste-me a mão e eu andei,
e até aprendi a fugir de ti.
Mas… logo, logo, regressava.
Colavas-me os teus olhos,
e sob o teu olhar eu crescia
sem que tu o percebesses.
Revoltava-me comigo e ia,
pensando que tinha crescido
em tudo, e também contigo.
Mas as raízes eram fortes,
agarradas à terra e às tuas mãos
que me continuaram a alimentar.
Por isso, ontem como hoje,
vendo que a vida nos foge,
és tão importante para mim.
Não para me amparares
ou orientares no caminho,
mas para sentir que estás comigo.
Quero que me envolvas no teu olhar
e nunca me sentirei sozinho.
É só assim que há primaveras
e o teu Dia, Mãe…
José António de Carvalho, 18-março-2024
Foto com a minha mãe no meu aniversário durante o jantar - Restaurante D. Henrique (Joane)
Linda homenagem à mãe
ResponderEliminarMuito obrigado!
EliminarUm abraço.
Lindíssimo 🌹
ResponderEliminarMuito obrigado pela leitura e comentário!
EliminarUm abraço.
Muito bonito poema!
ResponderEliminarMuito obrigado pela leitura e comentário!
EliminarUm abraço.