terça-feira, 11 de setembro de 2018

Poema "Sem Razão" (soneto)

Sem Razão

O mundo estremeceu quando acordou.
Terá a esfera voado para um outro lado?
O Homem chorou por si mesmo vergado.
A razão não morreu, a vida apenas abanou.

A luta mais dura do Homem faz-se em si
Nos aposentos do seu débil e duro coração.
E busca, procura… e não encontra sábia razão
Para parar de destruir tudo o que constrói.

A vida resiste tenazmente entre os destroços.
Muitas outras não, e passam para lá do limite.
As tantas que se perdem sem medir esforços…

Homem que se ilude. Acha que apenas faz o útil.
Pasme-se! E não fica uma semente de remorsos
Das vidas que todos os dias se vão por coisa fútil.

JA18C





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