domingo, 2 de dezembro de 2018

Poema " Sento-me, Sinto-me e Escrevo" (soneto)



Sento-me, Sinto-me e Escrevo

Sinto-me calmo, estranhamente calmo,
Como pronúncio de tempestade no mar,
E as nuvens num cinza branco a pairar
Na confiança do vigésimo terceiro salmo.

Esta tranquilidade é o espetro do óbvio,
E do total ignorar da vida que me rodeia.
Aqui fechado, onde o coração incendeia,
Alienado do mundo carregado de ódio.

Não me importa nada que subam o pódio,
Porque o meu caminho é duro e sinuoso,
Não ambiciono ascensão a mundo luxuoso.

Prefiro a serenidade deste poema na mão,
E o crepitar dos sentimentos no coração,
Em contraponto ao do homem pomposo.

JA18C




Sem comentários:

Enviar um comentário