EUROPA DÁ UMA "ABADA" A ZERO
AOS GRANDES BLOCOS GEOPOLÍTICOS EXISTENTES
Vinha do trabalho, porque também trabalho ao domingo, no carro, a ouvir as notícias das 18h da Rádio Renascença (RR), e fiquei a saber que Portugal e outros países, reconheceram ou vão reconhecer nos próximos dias o Estado da Palestina. E fizeram-no ou vão fazê-lo, precisamente, nos Estados Unidos, onde se realizará a conferência da ONU.
Não importa quem fez a declaração em primeiro lugar (desta vez, parece que foi Portugal), a Espanha fê-lo há um ano atrás, ou quem fará no futuro, importa que sejam muitos estados, e que a Europa deu um primeiro passo de firmeza e verticalidade nos valores da ordem mundial: A PAZ E A LIBERDADE.
Ora, a posição que agora está a ser tomada por vários países da UE, na minha opinião de mero cidadão comum, atira o EUA para o desconforto da ambiguidade da sua posição, ao defender o país invasor (Israel) no médio Oriente, e na guerra da Europa parece que apoia a Ucrânia, mas não se declara oposição prática à Rússia. Ou será que apoia no seu íntimo, e de forma não declarada, "os invasores" nas duas situações? Ainda mais gritante é o que acontece com a posição da Rússia, que defende os invadidos da Palestina e, ela própria, faz guerra para se impor na Ucrânia.
Cá para mim, Rússia e EUA, podem até ter um acordo secreto para um "fechar de olhos" ao que um e o outro faz, no Médio Oriente e na Ucrânia, para que não hajam grandes consequências práticas na relação entre os dois países e nos seus objetivos.
Na prática, e ao largo de tudo isto, beneficia a China, com o enfraquecimento e a dispersão de recursos e atenções das potências que economicamente lhe podem fazer frente.
A posição portuguesa e europeia pode não ter grandes efeitos práticos, mas não deixa de ser a posição mais sensata, mais humana, e a única que é linear e aceitável: O FIM DA GUERRA ONDE QUER QUE HAJA GUERRA.
Por tudo isso, sejam os governos da cor política que forem, o mesmo em relação a partidos e organizações ou, até mesmo, o cidadão comum, devemos, penso eu, rever-nos na validação da posição europeia pela PAZ.
Um abraço pela PAZ.
Foto net "segurilatam.com"