sábado, 31 de março de 2018

Poema: "Sombras do frio" (soneto)


Sombras do frio

E os dias arrastam-se apressadamente
Como quem sobe aquela íngreme montanha,
Esgota-se a luz, a noite cai de repente,
A minha alma sofre de tristeza tamanha.

Chove lá fora, mas molha dentro de mim,
Fria água que cai e até a que se aquece.
Janeiro... Não podia deixar de ser assim,
Tamanha a tristeza que a minha alma padece.

Exaurido, carrego em mim este mundo,
As minhas pernas cansadas teimam dobrar-se,
A cair, antes entrar num sono profundo.

Há sempre uma luz na minha batalha interior,
Há sempre o amanhã que pode ser menos mau,
Agarro-me às palavras que me dão o amor.

JA18C




Sem comentários:

Enviar um comentário