Poema lido sábado, dia 10-julho-2021 (sábado), no programa "As Nossas Raízes" da Cidade Hoje Rádio, da autoria e apresentação de Manuel Sanches e Suzy Mónica.
O MEU PAÍS
Deixem-me escrever um poema genuíno
no corpo deitado deste país;
onde sou rio e mar,
serra e planície secreta,
outeiro firme,
socalco agreste,
íngreme ladeira,
o pico da montanha,
a ilha e a filha,
o vulcão e a lagoa.
Por isso a vida é boa.
Sou carvalho, pinheiro,
tília e amieiro, a azinheira…
a seara, o prado, o milho,
a oliveira, o pessegueiro,
as giestas, as macieiras,
as vinhas e as encostas.
As colheitas que se perdem,
as gentes maldispostas…
Sou o verde do chão seco
a olhar o sol que se agiganta.
A vida que nasce,
a que anda,
a que foge,
a que corre,
a que morre...
Não sei se é mudança
ou se a chuva dança
ou vento da temperança,
o rosto da criança
que nele se deita
e dele se levanta,
e que nele avança
É bom saber quem somos. Adorei, Poeta. Um abraço e um beijinho.
ResponderEliminarAgradeço-lhe a leitura e o comentário, amiga Ana Costa Silva!
EliminarUm abraço.
Concordo!
EliminarMuito obrigado!
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