AMOR À POESIA
O silêncio da canção que me embala
É forte, mas mesmo assim me adormece.
E se a noite cai, bom seria amá-la
Como se ama a cor da flor que floresce.
Amar assim, amar perdidamente,
Como quem ama de alma e corpo em mim...
E amar em pensamento é somente
Mais do que amar, amar até ao fim.
Que sabemos nós das razões do amor?
Se os que o tiveram não o descreveram.
E quantas vezes sorrimos à dor?
Se outros tantos nela pereceram.
Amar é muito mais do que sentir,
É vestir-se duma vontade tal,
Que o que mais queremos e está p’ra vir
Já nos aconteceu em sonho real.
José António de Carvalho, 13-dezembro-2021
Foto de Florbela Espanca, retirada do google
Amor... Lindo e perverso. Adorei!
ResponderEliminarMuito obrigado pela leitura, comentário, e por ter gostado do poema, amiga Ana Costa Silva!
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