LEMBRANÇA
A lembrança mora
onde o tempo se repete,
despido pela memória
que finge o tempo quente.
É tão fria como o vazio
cravado em cada arrepio,
e a alma tanto clama
pelo calor de frágil chama.
Rebelde e inocente,
vai embora como a andorinha,
a rasgar caminho novamente
entre nuvens, mas sozinha…
E sonha mais uma vez
voltar à casa que fez
deixando p’ra trás a que tinha,
fazendo da velha a nova casinha.
Casas de que nunca se desfez…
José António de Carvalho, 11-julho-2022
Desenho de António Miranda
Com muito sentido esta escrita. Assim como os restantes. Muito Bom José António.
ResponderEliminarBelíssimo seu poema!
ResponderEliminarMuito obrigado pelo comentário!
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