segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Poema "MORTE"


MORTE


Sinto o tempo a bater perto.
O Inverno chegará num pestanejar.

É grave, a vida despida.
Gravíssimo, a vida faminta.
Arrepiante, a vida em fuga.
Degradante, a vida doente.
Nefasta, a vida sem sorte.
É crime, a vida sem vida.

E quem assim se sustenta,
Fecha os olhos e consente, 
Ou se dela se alimenta:

É um semeador da morte.

José António de Carvalho, 07-outubro-2024
Foto "Pinterest"



2 comentários:

  1. Como reflexão , este poema mostra-nos o ritmo alucinante em que vivemos que nos leva à morte prematuramente.Nao esperemos que ela venha antes de vir na verdade!

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