segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Poema "Intermitências da Dor" (soneto)


Intermitências da Dor

Como é bom ter-te em mim,
Que me afagas todas as mágoas
E me levas nas tuas doces águas
Calmas e silenciosas, rio sem fim.

Não me posso perder em cuidados,
Porque à pressa tenho que escrever.
Da vida tenho sempre o que dizer,
Porque vivemos sempre abraçados.

Sol ardente que nos espreita temerato,
Serves-me o amor em dourado prato
Que liberta a dor em gritos abafados.

E na súplica dos teus meigos brados
Deixo o coração seguir o meu olfato
No néctar do teu corpo deste retrato.

JA18C



https://joseanricarvalho.blogspot.com/

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