domingo, 22 de dezembro de 2019

Poema "O limite da Luz de Natal"

(Composição através da junção de três poemas de Natal)

O limite da Luz de Natal

Se o meu caminhar for iluminado pela divina estrela
Pela sua luz viva e esplendorosa
Será a caminhada mais bela.

Cada vez mais perto do limite
e mais longe do centro,
do centro da via
e do cerne da vida.

Por que choram as nuvens
e as estrelas, e o Sol?

Por que choram as árvores?
As borboletas e as andorinhas?

Por que choram as flores do jardim?
Os arbustos e os matos nos montes?

Por que choram os rios?
Os lagos e os mares?

Por que não choram as areias do deserto?
Ou as pedras das montanhas?

Pura ilusão de autodestruição,
servida em normas
com rosto e efeito,
carcomidas no interior
pelo próprio defeito.

Por que chora aquela criança?

Natal…
não tem visão cingida.

Natal…
é o renascer puro prá Vida!

Por que chora aquela criança?

Mãos de luz
Pés de luz
Olhar de luz
Abraçar de luz…

Por que chora aquela criança?
Coração de Jesus.

José António de Carvalho, 22-dezembro-2019
Foto de Conceição Silva



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