CABE NUM DIA
Cabe num dia,
cabe na mão,
os olhos da madrugada
que o sonho pedia.
O sol das manhãs
em dias de verão,
bem alto a sorrir
no pulsar do coração.
Os lábios da tarde
abrem-se sorrindo
num rio sem destino
lentamente a descer
como plumas de aves
num arco-íris lindo;
não se vendo mais nada
que não seja o entardecer.
A noite em doce rosto
rouba ao crepúsculo
o néctar da alucinação
num calor de agosto,
de lava a queimar
que a noite não refresca,
querendo fugir
mas deixando-se ver,
deixando-se amar
com a lua a beber
contornos de luz
para voltar a viver,
e adormecer…
José António de Carvalho, 19-janeiro-2024
Foto de Antônio Miranda
Gostei imenso. Obrigado pela divulgação.
ResponderEliminarMuito obrigado por ter gostado!
EliminarParabéns, lindo poema. Abraço poético do José Ferreira.
ResponderEliminarMuito obrigado, estimado amigo das letras José Ferreira!
EliminarUm grande abraço.
Como todos os poemas mais um espetacular ♥️🫂🤗👏
ResponderEliminarMuito obrigado pela leitura e comentário!
EliminarUm abraço.