DESERTO
Entreguei as minhas guardas,
As minhas mãos, os meus dedos,
Trémulos de frio e medos,
Às horas das madrugadas.
Agora, olho para o tempo
vago na sua viagem,
Fazendo a sua passagem
Num rasto de desalento.
E não há qualquer ternura,
Nem as rosas perfumadas
viveram, foram cortadas
Por qualquer alma impura,
Fazendo o caminho perto,
Alcancei flores no oásis
Num fio de horas fugazes
Transformado num deserto.
José António de Carvalho, 25-junho-2025
Foto "Pinterest"
Parabéns!
ResponderEliminarAs flores estão no caminho...apesar de não se vislumbrarem!
Muito obrigado por ler e comentar!
EliminarAinda é noite mas o dia não tarda.
ResponderEliminarOlho o que escrevo. Compreendo. que, como uma viagem, deixou dolorosas marcas, pela ausência da ternura mas não apagou a memória do perfume do amor...
( rosas que a morte cortou ...)
Hoje resta- me o oásis da poesia
no deserto desta vida onde me reconheço e questiono.
Amigo poeta, não está sosinho.
Apesar de comentário anónimo, tenho quase certa a autoria.
EliminarMuito obrigado pela leitura e comentário!
Um abraço.
Bonito poema, José!
ResponderEliminarMuito obrigado pela leitura e comentário, estimado Davi Machado!
Eliminar