DESERTO
Entreguei as minhas guardas,
As minhas mãos, os meus dedos,
Trémulos de frio e medos,
Às horas das madrugadas.
Agora, olho para o tempo
vago na sua viagem,
Fazendo a sua passagem
Num rasto de desalento.
E não há qualquer ternura,
Nem as rosas perfumadas
viveram, foram cortadas
Por qualquer alma impura,
Fazendo o caminho perto,
Alcancei flores no oásis
Num fio de horas fugazes
Transformado num deserto.
José António de Carvalho, 25-junho-2025
Foto "Pinterest"
Parabéns!
ResponderEliminarAs flores estão no caminho...apesar de não se vislumbrarem!
Muito obrigado por ler e comentar!
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