quarta-feira, 27 de março de 2019

Poema "Enquanto Espero" (soneto)

Enquanto Espero

Enquanto aqui espero... sei lá!
Não sei a razão por que o faço
Mas que alguma razão haverá
Talvez espere esse abraço.

Ah... se o vi agora mesmo na rua
Fugindo-me à frente a galopar
Aos saltos de pena leve e nua
Em mãos de vento levada pró mar.

Esse som das ondas adormecidas
Em surdo vai e vem de tanta saudade
Por todas as músicas repetidas

Que nos trespassam o ser sem idade
Nos despojos de lembranças queridas
Que ainda hoje nos trazem felicidade.

José António de Carvalho, mar-2019
Foto: Conceição Silva



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