domingo, 31 de março de 2019

Poema "Na Penumbra" (soneto)


Na Penumbra

Sigo por entre a penumbra da noite
Só, no meio do cinza escuro e negro
Quero apenas pensar no amor que afoite
Este verso que no poema integro.

Ó risos do luar que me vê do alto
Tão altas as chamas dentro do meu peito
E o sangue nas veias em sobressalto
Rio louco que transborda do leito

Para chegar às debruadas margens
Onde todo o sonho fica desfeito
Como fosse a última das viagens.

Mas sempre descubro esse teu jeito
No meio das coloridas paisagens
E assim nunca descortino defeito.

José António de Carvalho, 31-mar-2019
Foto: Conceição Silva




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