segunda-feira, 22 de abril de 2019

Poema " Diz-me Liberdade" (soneto)

Este poema foi integrado na Antologia de Poesia "LIBERDADE", da Chiado Editora.


Diz-me Liberdade

Diz-me, diz-lhes agora como te chamas
Diz-me a tua cor, eu nada sei de ti
Diz apenas se me queres e se me amas
Se eu de ti já tanto me preenchi.

Bela e etérea donzela, d' alma cheia
Constantemente vilipendiada
Tão disputada que o mundo incendeia
Esquecida na orla da madrugada.

Quem quis ser trespassado pela bala?
Ou sucumbir ao fio de um punhal?
Fenecer num abrigo ou numa vala?

Vês desigualdades? O bem e o mal?
Vês a miséria e os abusos de poder?
Liberdade como?... Será normal?

José António de Carvalho, 01-03-2019
Foto: JA19C




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