ABRE-ME E LÊ-ME
Cabem todas as letras em mimTodas as palavras e parágrafos
Ideias fenomenais, descobertas espantosas
As guerras e os silêncios mais brutais.
Cabe em mim ainda outro mundo
O céu e as estrelas, todas as constelações
O cheiro da terra lavrada e da manhã orvalhada
A cabra ordenhada no frio de qualquer madrugada.
Cabe em mim a ostentação e a hipocrisia
A tristeza e a pobreza
A persistência da minhoca
Quando perfura a terra dura.
Cabe em mim a dor de barriga, o filho abandonado
e lançado no contentor do tempo
O desespero, a loucura, a dor, a pobreza.
Cabe em mim a maior história de amor
A maior traição, o verso bem rimado
O poema ritmado, o texto ainda inacabado.
Cabe a minha história sem história
A do Homem e a sua memória
Mesmo não tendo glória
Tem a que a memória não perdeu.
Cabe o teu ou outro qualquer amor
O teu e o nosso pedaço de céu
Um amor assim, que resiste
O romance que insiste
Um amor que sofre e persiste
Mas que não morreu…
José António de Carvalho, 06-julho-2019
Foto: Concurso de poesia "Horizontes da Poesia"
ABRI, LI...E GOSTEI! BOM POEMA
ResponderEliminarMuito obrigado, amigo e poeta José Passeira!
EliminarAbri-te e Li-te poeta. Lindo poema, pleno de emocao e sentimento.
ResponderEliminarMuito obrigado pela leitura e comentário, amiga Ana Costa Silva!
Eliminarli e gostei obrigada
ResponderEliminarMuito obrigado pela leitura e opinião favorável!
ResponderEliminarExcelente amigo!����������������
ResponderEliminarMuito obrigado pela leitura e comentário, amiga das letras Guiomar Moreira!
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