quinta-feira, 4 de junho de 2020

Poema "VIDA CONFISCADA" (soneto)

Este soneto abre e fecha com versos (1º e 14º versos) do poeta António Sousa, homenagem ao avô da poetisa Maria João Brito de Sousa num desafio para uma coroa de sonetos no Site Horizontes da Poesia (do poeta Joaquim Sustelo).

Poema lido hoje, sábado, dia 05-junho-2021 (sábado), no programa "As Nossas Raízes" da Cidade Hoje Rádio, da autoria e apresentação de Manuel Sanches e Suzy Mónica.


VIDA CONFISCADA

Esperei por mim em vão. Suando Rezas
Pelos poros da minha alma desfeita,
Tanto eu queria dar-lhe sãs larguezas
Indo além na atmosfera rarefeita.

Esperei por ti atado em mil tristezas,
Na ânsia de que pra mim voes, feita
Pluma solta das nuvens, e desprezas
Este meu sentir, minha amada eleita.

Tal a dor que em mim fazes eclodir
Se a dor que sinto já não é sentir,
Mais choro ainda só pelos teus sinais,

Nesta espera por ti sempre a insistir,
Cansado em casa e quase a desistir…
E sei apenas que não posso mais!

José António de Carvalho, 03-junho-2020
Foto de Conceição Silva




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