TÃO SÓ, MÃOS…
Tanta graça grassa das tuas mãos,
que bordam estrelas nos seus altares
e penteiam o vento com os dedos….
pele de anjo com sede de segredos.
As mãos escusas que ensombram os mares,
que arrepiam a lâmina mais fina
e cortam sonhos só com os olhares,
assustam todo o ouro que sai da mina.
Mãos seguras são como trave mestra,
sábio livro na vida da criança,
a fórmula exata que assim atesta
o caminho da luz, e da esperança.
Só quero as tuas mãos leves e afáveis,
Que calcem, assim, as luvas do tempo,
E no tempo de dores inegáveis,
Que tuas mãos me calem o lamento.
José António de Carvalho, 09-fevereiro-2021
Quadro de Maria Brito (Arte Celano – Grupo de Artistas)
As mãos escusas que ensombram os mares,
que arrepiam a lâmina mais fina
e cortam sonhos só com os olhares,
assustam todo o ouro que sai da mina.
Mãos seguras são como trave mestra,
sábio livro na vida da criança,
a fórmula exata que assim atesta
o caminho da luz, e da esperança.
Só quero as tuas mãos leves e afáveis,
Que calcem, assim, as luvas do tempo,
E no tempo de dores inegáveis,
Que tuas mãos me calem o lamento.
José António de Carvalho, 09-fevereiro-2021
Quadro de Maria Brito (Arte Celano – Grupo de Artistas)
Muito bonito e com sentimento! Gostei, amigo José António. Parabéns.
ResponderEliminarMuito obrigado pelo seu importante comentário de especialista, amiga das letras Maria do Rosário Serrado de Freitas!
EliminarUm abraço.
Belíssimo poema ! Adorei. A última estrofe é ,efectivamente, maravilhosa;
ResponderEliminar"Só quero as tuas mãos leves e afáveis,
Que cakcem,assim, as luvas do tempo
E no tempo de dores inegáveis
Que tuas mãos me calem o lamento.
Muito obrigado por ter gostado e realçado o que mais gostou no poema, amiga Guiomar Ricardo!
EliminarBom fim de semana!