NUNCA QUISESTE
Nunca quiseste sentir
o pulsar da terra húmida,
nem o fulgor das manhãs
a lançarem o sol na vida.
Nunca ousaste dizer
que o mundo parava
quando o dia bebia a luz
e a noite à noite sonhava.
Nunca sonhaste sonhar
com o dia a meio do dia,
nem o que a noite sentia
com o rio adentrar o mar.
José António de Carvalho, 23-março-2022
Foto net.
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