sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Poema "FUTILIDADES"


FUTILIDADES


Sei lá de onde vem o sentimento
Que se empoleira nos caminhos da vida
E leva para longe o que está perto,
E quer à força os ventos dos desertos.

Sei lá porque é que o amor é vulnerável,
E a vulnerabilidade e o amor são parceiros
Dos dias e das noites, do nascer e do pôr-do-sol.

E a vida fica toda preenchida de inutilidades.
Coisas inúteis, sentimentos inúteis, e futilidades…

E agarramos isso para lhe darmos a importância
De urdir todas as teias e tecer todas as vidas.

E é tão somente a mais que comum cobardia.
É delicioso o sol nascer depois de se ter posto…

José António de Carvalho, 19 agosto-2022
Pintura a óleo - Site Dreamstime






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