A desventura que trago em mim
É cinza escura, e quase negra.
Não é começo, meio ou fim;
Mas uma linha reta, uma regra,
Que jamais se apagará da vida,
Tão mais sofrida do que vivida,
Talvez além do que a vista enxerga.
Por isso sou sisudo, cinzento e triste,
E se “tristezas não pagam dívidas”,
Nem as alegrias me dão o preciso
Para manter permanente sorriso
Que mal se esboça logo desiste
Porque a vida é andar na lâmina.
Chorar também não choro, já secaram,
E todas fariam um rio se se juntassem,
Daí que te peça uma simples lágrima,
E, talvez com ela, as minhas voltassem.
José António de Carvalho, 15-setembro-2022
É cinza escura, e quase negra.
Não é começo, meio ou fim;
Mas uma linha reta, uma regra,
Que jamais se apagará da vida,
Tão mais sofrida do que vivida,
Talvez além do que a vista enxerga.
Por isso sou sisudo, cinzento e triste,
E se “tristezas não pagam dívidas”,
Nem as alegrias me dão o preciso
Para manter permanente sorriso
Que mal se esboça logo desiste
Porque a vida é andar na lâmina.
Chorar também não choro, já secaram,
E todas fariam um rio se se juntassem,
Daí que te peça uma simples lágrima,
E, talvez com ela, as minhas voltassem.
José António de Carvalho, 15-setembro-2022
Não empresto, dou! Lindo poema.
ResponderEliminarMuito obrigado, estimada Ana Costa Silva! Um grande abraço.
Eliminar👏👏👏
ResponderEliminarMuito obrigado pela leitura e comentário!
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