AMA-ME
Ama-me por dentro,
que por fora é ilusório.
É campo que seca,
rio que resseca,
rio que morre
antes de chegar ao mar.
Ama-me neste cinzento,
que mistura o negro passado
com o branco do momento.
Ama-me assim:
com azuis sobressaltos
e verdes esquecimentos…
Mas sempre a sonhar
com pinheiros altos
e flores de jasmim,
com veleiros a navegar
nas vagas do alto-mar…
Sendo este o espaço
de chegares até mim
no tempo de um abraço;
e ficarmos assim,
marcando compasso,
para o dia não ter fim.
José António de Carvalho, 27-novembro-2023
Foto de António Miranda (Arte Celano - Grupo de Artistas)
Lindo piema para reflectir
ResponderEliminarMuito obrigado pela leitura e comentário ao poema!
EliminarOlá parabéns para essa tua mãe beijinhos grandes ❤️ e eopoemaesta.muito.bonito.beijinhos.e.muitos.anos.de.vida
EliminarMuito obrigado pela leitura e comentário!
Eliminar