quinta-feira, 31 de julho de 2025

Poema "DOR"


DOR

Há dias assim...

Com as palavras nas mãos
em frias manhãs de nevoeiro,
vindas de noites sem luares
p'lo fim da chama no luzeiro.

Dias que são como sem nada,
escusavam de ser sombrios,
podiam ter velas, navios
e toque de nova alvorada.

Os dias devem ter por regra
nascerem em manhãs Criança,
pularem na tarde finita
onde se ponha fim à guerra,
uma rocha em tão vil matança.

E se assim for...
A noite vem, e tanto faz
que haja ou não luar,
logo que haja amor,
haja pão, haja lar;
logo que haja PAZ.

José António de Carvalho, 31-julho-2025
Pintura de Monteiro da Silva - ARTE CELANO, Grupo de Artistas







sábado, 26 de julho de 2025

Conto "O Invisível da Arte"

O Invisível da Arte

Chamava-se Margarida. Sonhava com primaveras e margaridas brancas. À noite, escrevia poesia no aconchego do quarto, na mesa junto à janela com vista para o pequeno rio, onde o luar refletia por entre a vegetação. Durante o dia, moldava ideias e sentimentos com as mãos, pincéis, tintas e telas. Depois, dava tempo ao tempo para que as suas obras ganhassem nome, pois só o tempo consegue aprimorar a personalidade e o sentimento de uma criação.

Margarida nunca expôs os seus quadros nem publicou ou leu os seus poemas em público. A sua obra era conhecida apenas pelo seu gato, que, com as garras, ia dando "pinceladas" em algumas telas sem vidro de proteção, e por mim, que entrei na sua casa à noite enquanto ela dormia. Se não fosse assim, nunca teria tido oportunidade de saber o que ela fazia ou de conhecer a sua arte. Era uma curiosidade que crescia em mim: "como é que ela preenchia o tempo?". O gato dela, claro, nunca me diria nada.

A casa da Margarida era pequena, toda transformada em atelier e sala de exposição. Lá pontificavam os quadros, algumas esculturas, livros, tudo etiquetado. Também havia folhas A4, em molduras simples, com poemas e textos seus. 

Ela escrevia todas as noites, às vezes pela madrugada dentro, com os joelhos e os cotovelos frios, mas o coração quente. O silêncio dava-lhe a serenidade e a luz necessárias.

- Só as mãos e as tintas, não me bastam. Preciso das palavras. - dizia Margarida para si mesma.

E deixou gravado numa folha de papel:

"NO RIO DA MINHA VIDA / TIVE DIAS CONSUMIDOS / MERGULHADA NOS MEUS SONHOS. / NUNCA FORAM REPETIDOS."

Continuou a escrever até ficar cansada e, por fim, deixou-se vencer pelo sono.

Algum tempo depois, já ela deveria dormir o primeiro sono,  entrei na sua casa disfarçado de fantasma. O gato ronronava na sua almofada. A respiração dela era forte e pausada, em paz, tomada pelo cansaço.

Naquele dia não pintou nem escreveu muito - talvez não fosse dia de grande inspiração. Peguei em três quadros que estavam na parte inferior da estante e duas molduras com poemas. Pensei: "Ela não vai notar a falta". E saí cuidadosamente pela janela.

Decidi levar aquelas obras a alguém que as pudesse analisar e aquilatar da importância artística, para que pudessem, ou não, ser dadas a conhecer ao público.

No dia seguinte, ainda antes das dez horas, pus-me em frente à porta do museu a aguardar a abertura, acompanhado pelos quadros e pelas molduras com poemas. Poucos minutos depois das dez, a porta abriu-se. Pedi para falar com a pessoa responsável. A senhora respondeu-me com simpatia:

- Sou funcionária da Câmara Municipal, chamo-me Rosa Rio, mas trate-me só por Rosa. Trabalho aqui há mais de quinze anos. Pode falar comigo. O que pretende?

- Bem... o assunto pode parecer um pouco estranho, mas terei de lhe contar a história muito resumidamente. - e continuei:

- Uma senhora minha amiga pinta quadros e escreve poesia e prosa. Todavia, guarda tudo em casa. Vive quase sempre fechada com o seu gato e não se expõe nem mostra os seus trabalhos a ninguém. A casa dela é um atelier e um autêntico salão de exposição. Também não é dada a convívios e praticamente não comunica com ninguém. As compras sou eu quem as faz. Ela faz uma lista das compras e envia-me pelo telemóvel, e eu entrego-lhas em casa. A nossa comunicação faz-se essencialmente por mensagens ou e-mails. Praticamente não falamos de viva voz.

A minha curiosidade foi crescendo ao longo do tempo. Mas, ontem à noite, depois de ter a certeza de que ela dormia, entrei por uma janela, que deixa sempre semiaberta para a circulação do ar, disfarçado de fantasma para não ser reconhecido. O meu espanto, quando deparei com tal galeria de arte. Fiquei boquiaberto. Mas como não sou técnico, apenas um apaixonado pela arte, trago-lhe  estes trabalhos para aquilatar da sua importância artística.

A senhora do museu respondeu:

- Bem, eu também não sou perita em arte. Mas, além do "amor à camisola", como se costuma dizer, tenho conhecimentos adquiridos ao longo da vida prática aqui no museu, da convivência com o Mestre, o fundador, e também de algumas formações que fiz nesta área. Deixe-me lá ver o que traz, porque agora também fiquei curiosa. - esclareceu D. Rosa.

- Vamos retirar dos sacos com cuidado para não danificar. - pedi-lhe.

Ela colocou com cuidado os quadros encostados à sua mesa, recuou dois ou três passos, pôs a mão a segurar o queixo e, com ar muito sério, pôs-se a observar. Passados dois ou três minutos, perguntou:

- Acha que os quadros que lá ficaram têm mais ou menos qualidade do que estes? 

- A pergunta é de difícil resposta. Trouxe estes porque os admiro e estavam num lugar em que acho que ela não vai dar pela falta até logo à noite. Não posso trazer mais. Penso que ela tem lá mais bonitos e menos bonitos, dependendo do gosto de quem os vê.

- Muito bem. Nesse caso vamos pensar na possibilidade de os expor numa das nossas salas. O senhor vai pedir-lhe autorização para trazer as melhores obras. - disse a D. Rosa.

- O melhor será falarmos ambos com ela. Se for eu a dizer-lhe nem acreditará ou não valorizará, e tudo acabará aí. Se a D. Rosa for lá comigo falar-lhe, talvez ela seja menos irredutível. Mas nada é garantido. - sugeri.

- Podemos ir logo, no final do meu trabalho aqui no museu. Mas não sei onde mora a Margarida.

- Passarei aqui pelas 18h00. Eu levo a D. Rosa. Depois deixo-a novamente aqui.

- Combinado. Pode ser um bocadinho depois das 18h. Certo?

Cheguei ao museu antes das 18h00. Aproveitei para fazer uma pequena visita e rever a obra do Mestre.

Pelas 18h15 saímos do museu rumo à casa da Margarida. Foram cerca de dez minutos de viagem, aproveitados para anteciparmos cenários de reações possíveis.

Ainda não tínhamos chegado e já avistávamos, na varanda, uma tela no cavalete e a sombra da Margarida por detrás.

- Está na varanda a pintar. Como faremos para levar as peças? - perguntei intrigado.

-  Esse problema já sabia que o iria ter, quer fosse com ela acordada ou a dormir. Não se preocupe. - acrescentou a D. Rosa para me acalmar.

- Chegámos. Este é o mundo dela. - Apresentei o espaço com mão.

- Um lugar fora do bulício do centro, mas com a aura de um pequeno paraíso. - disse D. Rosa. 

Ainda algo longe de Margarida para lhe falarmos, ela antecipou-se, surpreendendo-nos:

-  Não trazem os quadros das pinturas e dos poemas? - perguntou.

- Oh, que ela deu pela falta das peças. - balbuciei para a D. Rosa. - O que faço agora?

- Agora... falamos com ela, e depois traz-lhe as obras. - sugeriu Rosa. E continuou:

- Vejo que se sente desconfortável no meio de tudo isto. Deixe estar, que eu falo com a Margarida.

- Boa tarde Margarida.

- Boa tarde D. Rosa e Sr. João. Foi estranho o desaparecimento das obras, talvez algum fantasma as tenha levado, tal como a visita que me fazem. O que desejam?

- Bem, sem rodeios, vou direta ao assunto: O Sr. João levou cinco obras suas para serem avaliadas com a expectativa de as expor . Achei-as boas. E, do ponto de vista artístico, há interesse em serem mostradas a quem gostar de arte. Todavia, são necessárias mais obras para uma exposição. Podemos ver as que tem? - prosseguiu  Rosa.

- Farei uma breve análise para escolher as que entenda que devem ser expostas. Prometo, desde já, que teremos, como sempre, todo o cuidado para não danificar os trabalhos.

 E acrescentou: - Relativamente à sua vontade de não se expor, teremos o maior gosto em que esteja presente, pelo menos, na abertura ou no fecho da exposição. Mas respeitaremos a sua decisão de querer ir ou não. - concluiu Rosa.

- Colocadas as coisas dessa forma tão linear, aceito. Só lhes posso ficar agradecida, e feliz pelo interesse em expor os meus trabalhos. Mas já não posso dizer o mesmo em relação à minha presença. Desculpem-me. Mas não irei. - sentenciou Margarida.

Apesar de preparados para duas respostas negativas, depois de ter ouvido, surpreendentemente, positiva a primeira, autorizando que se expusessem os trabalhos, a segunda deixou no ar um espectro de desânimo e surpresa. Mas não o suficiente para nos desviarmos do rumo traçado.

- Quer selecionar as obras para levarmos, por favor? Enquanto as escolhe, eu coloco-as no carro. - sugeri a D. Rosa.

- Vamos, vamos entrando, por favor. Fiquem à vontade. - disse Margarida, que seguiu na nossa frente.

D. Rosa começou de imediato a selecionar os quadros, e eu levava-os para o carro sem demoras.

Pouco mais de meia hora passara, e o carro já tinha a mala e os bancos traseiros apinhados. Alguns quadros mais pequenos foram colocados na parte da frente, onde a D. Rosa teve de "lutar" para caber junto deles.

Muito rapidamente despedimo-nos da Margarida, demostrando uma grande vontade de a ver na exposição dos trabalhos dela.

- Margarida, sem a querer estar a forçar a nada, a decisão é sua,  será uma enorme satisfação vê-la na exposição dos seus trabalhos, que vamos preparar com todo o gosto, para abrir ao público, extraordinariamente,  de segunda-feira a uma semana, e encerrar no domingo. Até um dias destes. - concluiu D. Rosa.

- Obrigado e até breve. - agradeceu Margarida, acenando com a mão.

Os dias passaram rápido com as habituais rotinas, acrescidas pela preparação da exposição. Algumas vezes, também tive de ajudar a D. Rosa. Para a Margarida e para o seu gato, os dias passaram de forma mais lenta, devido aos espaços que ficaram vazios na sua casa.

Tal como havia sido combinado com Margarida, a exposição não fora anunciada em lugar nenhum. Contudo, D. Rosa, aqui e ali, deixava escapar a quem visitava o museu que andava muito atarefada porque estava a preparar uma exposição "que não expunha". Essa frase ficava no ouvido e aguçava a curiosidade dos visitantes.

Pouco faltava para as 10h00 da segunda-feira. Apenas eu e a D. Rosa estávamos no museu, Ela olhou à sua volta para confirmar que tudo estava em ordem e colocou um pequeno volume de catálogos do evento numa mesa junto à entrada.

Assim que confirmou que tudo ficou pronto, D. Rosa destravou as duas portas, abrindo-as quase em simultâneo, e em tom de anúncio televisivo, disse:

- "Faço a abertura do museu nesta segunda-feira e dou por inaugurada a exposição de pintura e poesia intitulada: "O Visível do Invisível da Arte", da pintora e poetisa Margarida."

Como era a única pessoa ali presente, bati palmas e desejei sucesso para o evento.

A manhã passou com apenas quatro visitantes, que, ao saberem da exposição, fizeram questão de a ver. A parte da tarde trouxe mais gente, o que é habitual segundo a D. Rosa.

O número de visitas ao museu foi crescendo a cada dia, e os visitantes mostravam-se satisfeitos, pelo que se percebia das conversas à saída. A sala onde a obra da Margarida estava exposta tornou-se passagem "obrigatória".

Na sexta-feira, foi necessário fotocopiar catálogos. O sábado teve bastante mais visitas - chegaram a estar no interior da exposição mais de uma dezena de pessoas, por por alguns períodos. O domingo foi  mais calmo do que o sábado, mas mais concorrido do que a sexta-feira. Muitos dos visitantes eram estrangeiros e emigrantes portugueses. Nos últimos dias, vários quadros de Margarida ficaram sob reserva para serem vendidos, caso ela autorizasse.

Perto da hora de encerramento, uma senhora entregou um envelope à D. Rosa, e deu-lhe os parabéns pela organização e pela beleza das obras.

- Estou a reconhecê-la agora. Desde sexta-feira que tenho andado tão atarefada que nem presto a devida atenção às pessoas. Peço desculpa. Agradeço-lhe muito as suas palavras. Como está a amiga poetisa Joana Ramo? É para reservar algum quadro? - perguntou D. Rosa.

- Estou bem. Obrigada. A próxima semana será certamente mais tranquila para si. Não, não é para reservar, vim apenas entregar-lhe um envelope que uma amiga me pediu. Peço-lhe desculpa, tenho de ir. Obrigado por tudo D. Rosa. - concluiu a poetisa.

D. Rosa colocou o envelope na gaveta, mas ficou curiosa. Virou-se para mim e perguntou:

- Ainda estão muitas pessoas na exposição "O visível do Invisível"?

- Penso que apenas quatro pessoas. - respondi.

- Bem... vou começar a arrumar. Pode ser que também se arrumem. - disse D. Rosa, a sorrir. 

Pegou no envelope, ansiosa, e começou a ler:

"Vi com os meus olhos, algo cansados da tela da vida e das cores que nem sempre a pintam, que há momentos que ficarão para sempre: os gestos simples das pessoas, os sorrisos e expressões espontâneas de carinho e afeto. É na singeleza e simplicidade que os olhos vislumbram as cores do conforto da gratidão e do amor.

Vi tudo isso estampado nos olhos dos visitantes que enchiam a sala. Senti-me feliz no meio das pessoas, na sala que denomino por:  "Sala Am'Arte".

Muito obrigada a todos os visitantes. Muito obrigada, D. Rosa e Sr. João. Um bem-haja a todos.

Margarida."


D. Rosa deixou-se vencer por um misto de sentimentos: estupefação, curiosidade e comoção. E falou em tom reprimido:

- Sr. João, Sr. João, ela esteve aqui. Temos que perceber quando e como.

- Ela quem? - perguntei.

-  A Margarida. Temos de puxar pela memória ou pelas imagens da videovigilância. - disse apreensiva, D. Rosa.

Decidimos ver as gravações dos últimos três dias. O domingo não revelou nada. Sábado de manhã também não. Mas, ao ver as da tarde de sábado,  a D. Rosa quase gritou:
   
- Pare, pare... É ela.

Voltámos atrás e lá estava, vestido comprido verde com pequenas margaridas brancas, chapéu de aba larga a cobrir-lhe parte do rosto e óculos escuros. Ao entrar, fez uma vénia com a cabeça ao passar pela D. Rosa, escondendo-se ainda mais. Usou o chapéu como um escudo para se proteger, caminhou pela sala, ouviu comentários, sorriu discretamente. Parecia feliz.

- Não há dúvida que é a Margarida. Pareceu-me mais alta. - disse D. Rosa.

- Efeitos do vestido comprido e do salto dos sapatos. Mas muito elegante. - acrescentei.

- Agora teremos de falar com a Margarida, para ver se quer vender os quadros reservados.

- Vamos a casa dela amanhã?  - perguntei.

- Sim. Amanhã é a minha folga. - devolveu D. Rosa.

Na segunda-feira, à hora marcada, fomos à casa da Margarida. Estava tudo fechado, o gato não estava na cadeira de baloiço, e havia um papel no vidro da porta: "Correspondência ou assuntos - Dirija-se ao balcão da Piscina Municipal".

No balcão, a funcionária entregou um envelope a D. Rosa. Dentro, uma carta que dizia:

"Agradeço-lhes muito, D. Rosa e Sr. João. Ausento-me por tempo indeterminado.

Relativamente à minha obra deverão consultar o meu advogado, cujo cartão para contacto se encontra junto" .

A D. Rosa, com o seu desembaraço habitual, pegou logo no telemóvel e ligou para aquele número. A funcionária do escritório, informou-a da doação de toda a obra a favor do museu, cuja documentação já estava assinada pela Margarida e Câmara Municipal. 

- Oh... Que grande e agradável notícia. - exclamou D. Rosa, de lágrimas nos olhos.

Abraçámo-nos emocionados, celebrando a Arte, a Cultura, e sobretudo, o talento, a generosidade e a discrição de Margarida.

A sala dedicada à sua obra passou a ter o nome "Sala AmArte".

FIM 

domingo, 20 de julho de 2025

O PATINHO JIMI 
APAIXONA-SE


A lagoa cheia de água límpida à chegada do verão, é convidativa para todos os animais da quinta e dos arredores, a passarem ali os dias longos das tão desejadas férias.

Libertos dos trabalhos escolares, Jimi e os amigos, apenas têm pequenas tarefas de ajuda aos pais em casa, além de continuarem a fazer a separação dos resíduos domésticos, a sua colocação no ecoponto e na pilha de compostagem, bem como, de apanhar o lixo encontrado na quinta e nas zonas envolventes, que alguns resistentes à cultura ambiental continuam  a lançar para ali, ou que é arrastado pelo vento.

Jimi, é agora um bocadinho mais crescido. Um patinho quase adolescente. Passou algum tempo sobre ele e sobre todo o mundo. Todos somos agora mais crescidos. Todos demos mais uns passos na nossa caminhada. 

Pouco passa das 10H30 da manhã, e todos os animais vão para junto da lagoa. Jimi estende a toalha e estica-se nela, e todos os seus amigos, com ou sem toalha, também se colocam da forma que acham mais confortável. 

Põem-se a recordar os momentos e as tarefas que levaram avante para conseguirem encher a lagoa. Ainda hoje se interrogam se o que aconteceu foi apenas coincidência, se foi um milagre, ou um grande agradecimento da natureza. Mas não importa qual o tipo de manifestação por parte da natureza. Importa, sim, a forma como se ela manifestou, e a lição que ficou em cada ser individual e no coletivo da comunidade. Hoje estão todos mais despertos para a problemática e para gravidade das alterações climáticas, e, também, muito conscientes de que é urgente agir.

Cápitulo I 

JIMI CONHECE  NINA

Enquanto todos se divertiam a jogar, contar anedotas ou a inventar feitos gloriosos de cada um, JIMI continua a estender o seu olhar na busca incessante de algo novo.   





* Ajudar uma senhora idosa a passar o tempo e encorajá-la a viver (a avó)
* Ajudar um jovem desmotivado com a escola
*


Avançar para os conteúdos

Histórico de chat