AFRODITE, TU, DE CORPO NU
Eros eu. E tu, Afrodite, de corpo nu
a sentir os dedos de Cupido
tatearem sempre no sentido
de descobrirem o teu lago.
Lago que no teu largo prazer
aumente o caudal, e um mar
calmo de deleite passe a ser.
E quando a lua esconder a terra,
passaremos o desfiladeiro,
ouvindo a música calar o vento
que vem dos montes da tua serra,
com o sol a inundar o rosto,
fazendo de agosto, o primeiro.
Ficamos a atar os sonhos que trago
aos que em ti geras no momento,
ludibriando as voltas dadas pela terra
no seu perpétuo movimento.
José António de Carvalho, 15-julho-2025
Foto "Pinterest"
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