quinta-feira, 31 de julho de 2025

Poema "DOR"


DOR

Há dias assim...

Com as palavras nas mãos
em frias manhãs de nevoeiro,
vindas de noites sem luares
p'lo fim da chama no luzeiro.

Dias que são como sem nada,
escusavam de ser sombrios,
podiam ter velas, navios
e toque de nova alvorada.

Os dias devem ter por regra
nascerem em manhãs Criança,
pularem na tarde finita
onde se ponha fim à guerra,
uma rocha em tão vil matança.

E se assim for...
A noite vem, e tanto faz
que haja ou não luar,
logo que haja amor,
haja pão, haja lar;
logo que haja PAZ.

José António de Carvalho, 31-julho-2025
Pintura de Monteiro da Silva - ARTE CELANO, Grupo de Artistas







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