Imagino-te na onda que vem do mar,
alcanço-te na espuma que te envolve os pés,
beijo-te na brisa fresca salpicada das ondas,
levito a meio, nos seios do tempo que és.
Depois é noite, e...
É tempo de cair no negro regresso.
E na frescura da brisa, regelo,
na espuma que desaparece, perco-te,
na onda que volta ao mar, o sonho vai.
Recolho-me para me ressignificar.
José António de Carvalho, 08-agosto-2025
Pintura de António Miranda