Desencontros de Encontros
Foste
embora mesmo sem teres ido,
Partiste
de mim sem teres partido,
Por
este ardente amor que não te dei
Fugiste de mim, pr’a onde, não sei.
Agora desespero porque não te tenho
Até a água reflete o teu rosto meigo
Quando a minha cara soturna lavo.
Partiste só. Fiquei só, e teu escravo.
Escravo acorrentado dentro de mim.
Servo de ti. Conseguirei eu viver assim?
Num tempo co’amor viva desencontrado,
Ou num julho que na praia tenha nevado,
E que d’um manto branco se tenha vestido?
Esta dor no coração bem a tenho merecido!
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