terça-feira, 31 de julho de 2018

Poema "Pele" (soneto)


Pele

Busco-me e encontro-me na minha pele,
Dentro dela escondo-me e mostro-me,
Desenvolvo-me, deito-me e acordo-me…
Na minha pele inspiro-me, toque de mel.

Sinto suave labirinto da minha na tua pele,
Sensações, emoções… Em arrepios me pões.
Pele cortada e arrancada… à dor. Contradições.
O maior órgão humano, tudo atrai, tudo repele.

Pele enrugada ou molhada, o suor que expele.
Pele acumulada, grossa, calejada pelo trabalho,
Branca ou bronzeada, sedosa, busca agasalho.

A minha pele implora, a tua explora. Une corações.
A minha pele naufraga na tua, nada, vive e morre,
Doce expressão d’amor: Inflama-o, liberta-o, escorre.

JA18C





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