segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Poema "Ventos Gélidos" (soneto)


Ventos Gélidos

Sopram ventos frios que regelam os ossos,
Paralisam ideias e os corpos ficam inertes,
D’onde virão estes fétidos ventos e pestes
Que sufocam, arrasam e abatem os nossos.

Amigo… por que razão se perdeu a tua razão?
Mas alguma razão haveria e ninguém a via?
Só mentes abomináveis e perversas as teria,
Tal frieza a da máquina sem lugar a um coração.

E agora os teus rebentos de árvore frondosa?
O que os fez merecerem tão dramático tormento?
Cuja marca ficará para lá da marca do tempo,

Mergulhada em ácido que corroeu a vida ditosa,
Ao ser humano para quem virou monstruosa
Em ferida aberta e sangrenta pelo desalento.

JA18C



https://joseanricarvalho.blogspot.com/

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