REVELO-ME ATRAVÉS DE SIMPLES VERSOS (Reservados os direitos de autor)
segunda-feira, 17 de julho de 2023
Poema "CANÇÃO A VERMOIM"
CANÇÃO A VERMOIM
Nos dias em que o sol nasce
Vestes linda primavera,
Tão mais verde, tão mais bela...
Sonho que entra p'la janela.
Lá ó longe tens o mar
No delírio das visões
Da tua gente a cantar
A mais bela das canções.
O anil verde do teu manto
Vem do vivo verde mar,
Em gritos de mar sereno
Na voz do povo a cantar.
O azul da tua bandeira
Tem a cor do coração;
Luz vermelha no pincel
Pintando linhas de amor:
Um amor de perdição.
Teu povo bebe a esperança
Canta orgulhoso de si.
No sorriso da criança
Cresce o sonho que afiança
Quanto gostamos de ti.
José António de Carvalho, 17-julho-2023
(Foto da Junta de Freguesia)
quinta-feira, 29 de junho de 2023
Reflexão "PONTOS DE VISTA"
PONTOS DE VISTA
Ama o que podes dar e agradece o que tens.
E respeita sempre no teu caminho.
Lembra-te de que no princípio eras nada,
e que no fim nada serás. Tudo o resto é um
balão a encher-se de ar até ao seu limite;
de que apenas ficarão memórias… que,
que dependerão sempre dos olhos que as veem.
Por isso: sê tu mesmo, e… melhora sempre!
José António de Carvalho, 29-junho-2023
Foto de Conceição Silva
quarta-feira, 21 de junho de 2023
Poema "ESTAÇÕES"
(Solstício de Verão)
ESTAÇÕES
Ah… que bebo a tua alma na chegada
da brisa que envolve os teus cabelos.
Nos teus olhos dou meu perdão à madrugada
que me promete os sonhos mais belos.
Nos teus lábios dilata-se a história do amor…
A viagem estelar fica presa nos labirintos
dos sussurros abafados nos teus ouvidos.
Não há morte que se atreva a não matar o desejo
de fazer nascer o dia em longos ápices da noite.
ESTAÇÕES
Ah… que bebo a tua alma na chegada
da brisa que envolve os teus cabelos.
Nos teus olhos dou meu perdão à madrugada
que me promete os sonhos mais belos.
Nos teus lábios dilata-se a história do amor…
E a tua língua desliza flagrantemente
de cais em cais até encontrar porto seguro.
de cais em cais até encontrar porto seguro.
A viagem estelar fica presa nos labirintos
dos sussurros abafados nos teus ouvidos.
Não há morte que se atreva a não matar o desejo
de fazer nascer o dia em longos ápices da noite.
E faz-se dia e noite, manhãs, tardes e madrugadas claras.
Tudo sem nome e em teu nome também se chama.
E tudo é primavera até se fundir num único verão.
Não há outonos esquecidos nem invernos lembrados.
segunda-feira, 19 de junho de 2023
Poema "INEVITABILIDADES"
INEVITABILIDADES
Hoje construo menos do que antes,
idealizo mais e mais perfeito.
Os meus olhos só veem flagrantes.
Ver mal até deixa de ser defeito.
Voltado para a minúcia das coisas,
só quero ver o que apenas sinto,
e só sinto o que mais me conforta.
Tudo o resto, de pouco me importa.
Fecho os olhos e vejo a natureza,
que vai definhando, e quase morta,
mesmo assim se veste da maior beleza:
naquelas flores que me batem à porta,
que abro sempre, e sempre mais feliz,
deitando ao vento cinzenta tristeza.
Os dias passam e continuo aprendiz
de tudo, e do que se diz e se faz;
na calma da alma fico a pensar…
Depois, lá me atrevo e escrevo,
neste meu caminho sobre o mar.
José António de Carvalho, 19-junho-2023
Foto "Pinterest"
segunda-feira, 29 de maio de 2023
Poema "QUERIDO IRMÃO"
Este poema será lido no programa "As nossas Raízes" (Rádio Cidade Hoje, 94 FM) de Manuel Sanches e Suzy Mónica, hoje, 03-06-2023, a partir das 18 h 05 m.
QUERIDO IRMÃO
Algo de indecifrável veio
nas nuvens negras do além.
Talvez um adamastor indomável
a erguer-se no meio do mar
para enegrecer este domingo,
mas também para te libertar.
“Não separe o Homem o que Deus uniu”
Qual quê?... O Homem separa!
Não!… A nós, o Homem não separa:
Sangues do mesmo sangue,
Almas da mesma Alma;
nem agora porque tu partiste
QUERIDO IRMÃO
Algo de indecifrável veio
nas nuvens negras do além.
Talvez um adamastor indomável
a erguer-se no meio do mar
para enegrecer este domingo,
mas também para te libertar.
“Não separe o Homem o que Deus uniu”
Qual quê?... O Homem separa!
Não!… A nós, o Homem não separa:
Sangues do mesmo sangue,
Almas da mesma Alma;
nem agora porque tu partiste
quando a Primavera chegou.
Foi tão só um ciclo que se fechou,
o nascer de nova dimensão;
um desvario dos nossos caminhos
que algum dia se reencontrarão,
e o sangue do mesmo sangue,
Viverá.
Um até breve, ou até já…
Ninguém o sabe, nunca se sabe.
Foi tão só um ciclo que se fechou,
o nascer de nova dimensão;
um desvario dos nossos caminhos
que algum dia se reencontrarão,
e o sangue do mesmo sangue,
Viverá.
Um até breve, ou até já…
Ninguém o sabe, nunca se sabe.
E agora sob o manto da saudade,
nas tantas voltas que a vida dá,
cuidarei do amor por ti, meu irmão,
porque esse… jamais morrerá!
José António de Carvalho, 28-maio-2023
nas tantas voltas que a vida dá,
cuidarei do amor por ti, meu irmão,
porque esse… jamais morrerá!
José António de Carvalho, 28-maio-2023
sexta-feira, 19 de maio de 2023
Poema "CERCO"
Escrito num início de tarde de maio, com sol e algum vento, ouvindo “Paradise” dos Coldplay, que deram concerto em Coimbra no final da semana passada.
CERCO
E por aqui me aperto
No meio deste cerco
Que em ti eu me fiz.
É o coração que mo diz.
E, tendo-te por perto,
tendo-me eu dentro,
colado ao teu peito,
sinto alto este alento
que nos mantém
para irmos muito além.
Seremos felizes…
E eternos aprendizes
nestas coisas de nos darmos.
Ainda mais quando estamos
pousados nos mesmos ramos
como nunca e ninguém…
José António de Carvalho, 18-maio-2023
Foto de Conceição Silva
terça-feira, 2 de maio de 2023
Poema "AETERNUS AMOR"
AETERNUS AMOR
Ah!... que saudade tenho
De ver o sol a nascer.
Dizer-te de onde venho
Para me encontrares.
Recomecemos a correr
Que chegou a primavera.
Abraçar-te se puder ser
Que o tempo é tão cruel.
E a Incerteza que nos espera
É como andar no deserto
Numa ânsia desmedida
De tornar certo o incerto,
Pedindo a maior sorte
E viver mais que o tempo,
Jovem amor em velha vida,
E torná-lo na nossa medida…
Tão puro que resista à morte.
José António de Carvalho, 02-maio-2023
Quadro "Pinterest"
Poema "SURDOS TEMPOS"
Poema meu e o quadro da pintora Hermínia Cândido que estiveram ligados ("uma imagem vale mais do que mil palavras") na Expoética, Braga-2023.
Coordenação de Fernanda Santos, Organização da CM Braga e Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva.
A todos o meu maior agradecimento.
SURDOS TEMPOS
Gritam os poetas
com a alma a sangrar,
e coração a rebentar
de ilusão sem cor;
de pensar tão somente
que o amor não é fantasia…
Gritam os poetas
para surdos ouvidos,
que se destruam armas
e calem gemidos
das guerras concretas;
que se abram os olhos
para as outras discretas.
Pare-se a destruição,
os abusos de poder!
Que se faça do planeta
centro de vida, a nação
para se fruir e respeitar,
a alma que nos faça sorrir,
nascer, prosperar, crescer…
Crescer… e crescer…
E nunca para morrer!!!
José António de Carvalho, 06-fevereiro-2023
terça-feira, 25 de abril de 2023
Poema "ABRIL, PRIMAVERA…"
(49 anos depois da revolução, continuemos a revolucionar e a festejar)
ABRIL, PRIMAVERA…
Era abril, Primavera;
Campos de cravos vermelhos,
Inocentes, sem saberem a hora.
Sorrisos sofridos, olhos de dor,
O sangue frio e sem amor
Pelas correntes que os exploravam.
Era abril, vinte e três;
Montanhas de esperança verde.
Sede de liberdade, e que sede,
No corpo de quem só sofria
E que a própria sombra temia …
Era a fome, o profundo cansaço
De quem trabalhava a terra,
Dos operários da têxtil ao aço,
Dos hospitais, minas, na guerra.
Era abril, vinte e quatro;
Os tanques viraram-se para Lisboa;
Abriram-se asas a quem queria
Voar em liberdade. Como seria?
Mas uma gaivota lá lhes dizia:
"Asas de vento. E voa, voa..."
Era abril, vinte e cinco;
O povo povoou ruas e alamedas,
Gritou sem medo, seguiu em frente,
Entoando, unidos, a uma só voz:
"Grândola, Terra da fraternidade!…
Liberdade, liberdade!”
Agora, já não sou quem era,
Caminhei vida fora, pudera…
Voltar p’ra trás é uma quimera.
A terra continuará uma esfera,
E em Abril será sempre Primavera…
- 25 de Abril, Sempre!!!
José António de Carvalho, 24-abril-2023
Foto Pinterest
O meu poema na Pág. 28
segunda-feira, 17 de abril de 2023
Poema "SEM A GRAÇA DOS TEUS VERSOS"
SEM A GRAÇA DOS TEUS VERSOS
Os teus serão eternos
com a eternidade da poesia!…
Graciosas perdizes no meio
do oiro das searas,
celeiros emproados
de trigo rico na fome
das águas cristalinas;
E são bálsamo no ar
da maresia vinda
Tejo acima,
a inundar
a alma discreta
de quem se desvenda,
desenrola e revela,
num ror poemas feitos
a olhar pelas janelas
do amor inflamado,
vermelho e apurado,
nos tumultos do coração
do Poeta Enamorado
a morrer de Paixão…
José António de Carvalho, 17-abril-2023
(Data da notícia do falecimento do poeta Joaquim Pessoa)
segunda-feira, 10 de abril de 2023
Poema "IMPERATIVO"
Sei da tua forma.
Oh… Babel sem fim…
Teus cantos e encantos,
olhos de ribeiro manso
que em rio se transforma
e no mar desagua…
Ah… luz maga da lua,
como és tudo p’ra mim.
O começo de tudo
que faz a alma pura
e o que resta p'ró fim.
José António de Carvalho, 10-abril-2023
Foto "Pinterest"
sábado, 4 de março de 2023
Poema "O BEIJO"
O BEIJO
Ponho-te um beijo na face
na vontade de o deslizar
até teus lábios doces:
sabem a astros, sabem a mar.
Numa descida breve,
em menos de segundos,
fez-se ninho nos teus lábios
e altar dos meus mundos.
Levanto ferro ao barco
deixando-o nas águas a vogar
que assim me leva a ti…
se é em ti que nasce o mar.
E nesse parado movimento
vai crescendo no pico do monte
o mais puro sentimento,
minha estrela no horizonte.
José António de Carvalho, 03-março-2023
Foto "Pinterest"
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023
Poema "CANTO AOS TEUS OLHOS"
Nos teus olhos,
Perco-me e encontro-me,
revisito-me por dentro,
revolvo-me na cama,
entro no teu mundo,
sou cometa em chama.
Nos teus olhos,
penetro as nuvens
que se vão dissipando,
entro no céu
que me dás,
e que sinto,
de vez em quando…
José António de Carvalho, 24-fevereiro-2023
Desenho "Pinterest"
terça-feira, 14 de fevereiro de 2023
Poema "REVELAÇÃO MAIOR"
Poema para o dia de São Valentim - 14-02-2023
REVELAÇÃO MAIOR
Na aproximação ao teu corpo
sinto o calor da estrada,
longa e sossegada,
sob um sol abrasador.
Nas bermas os lírios
erguendo os olhos ao sol,
extasiados e em delírios,
da seiva a subir o caule.
Qualquer flor quererá
abrir-se ante o calor
que a aproximação trará
a um coração pleno de amor.
Grito-te agora calado
p’las despensas dos dedos
ágeis, voando pelo teclado
ao revelar meus segredos.
José António de Carvalho, 09-fevereiro-2023
terça-feira, 7 de fevereiro de 2023
Poema " DESTINO"
DESTINO
Tens nos olhos o fogo
para ateares ao destino
que chora desde novo.
De repente
insinuas ao vento
a largada do navio
infeliz de casco podre
que é um barco pobre…
É pobre na madeira
é pobre na vela
quando não tiveres força
olharás o sol à janela.
José António de Carvalho, 07-fevereiro-2023
Foto de Conceição Silva
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023
Poema "POR QUE PARTISTE?"
POR QUE PARTISTE?
Se tivesses dito a hora em que partias,
tinhas-me sentado ao sol do meio-dia
e dado o calor de quentes dias.
Se tivesses dito a hora em que ias
pelo meio dos prados dos campos,
com aromas de frutos silvestres
a sossegar-me o peito de prantos.
Se eu soubesse a hora em que voavas,
queria ser ave, águia-real, a irradiar calor,
e segurar nas minhas fortes garras
a lava quente dum vulcão de amor.
José António de Carvalho, 03-fevereiro-2023
Foto Pinterest
terça-feira, 24 de janeiro de 2023
Poema "JÁ ME DISSESTE"
JÁ ME DISSESTE
Já me disseste
que seguias o sol
no meio da estrada,
que a sombra
é sempre a sombra
de tudo e de nada.
Seguirei o meu caminho,
depois de te ter encontrado
continuando sozinho
sem sentir o teu calor
caminhando desanimado
por não ter o teu amor!
José António de Carvalho, 24-janeiro-2023
Foto de Conceição Silva
sábado, 14 de janeiro de 2023
Poema "CAFÉ COM SENTIDO"
CAFÉ COM SENTIDO
Durante o café
o nosso olhar bebia
o aroma das palavras…
E cada barreira que caía
quanto bem nos fazia…
Sentenciava o coração,
agora regido pelos astros,
que a Lua bailaria
se fundíssemos em abraços
a nossa aproximação.
Um… apenas, um…
e o fechar de todos os caminhos
a que houvesse mais algum.
E em plena rua
a minha alma ficou nua
ao sentir que desistias.
Acenei-te com a mão
e afundei-me no chão
no momento em que partias…
José António de Carvalho, 14-janeiro-2022
Foto de um pacotinho de açúcar para café
sábado, 7 de janeiro de 2023
Poema " AO PÉ DE TI…"
AO PÉ DE TI…
Ao pé de ti, bem sei,
que o sangue ferve,
que a alma se alonga,
e o desejo transborda.
Ao pé de ti, bem sei,
que o sorriso se atreve,
que o destino se escreve
sem perceber a lei;
Que o calor é arrepio
com o sangue num corrupio
para saltar do coração…
Que dos olhos faíscam estrelas.
Não se veem, mas lê-se nelas
o caminho a seguir.
E as estrelas e o coração
são para serem seguidos,
e se houver outra razão
mais vale morrer, mas saber,
do que fingir não perceber,
quanto o amor que nos dão.
José António de Carvalho, 07-janeiro-2023
Desenho "Pinterest"
sexta-feira, 30 de dezembro de 2022
Poema "SINTO-TE ASSIM…"
SINTO-TE ASSIM…
Deixa-me amar a brisa calma,
os prados verdes e as flores do trevo,
numa frescura que me suavize a alma.
E se nas noites paradas te procuro,
com meus dedos lisos te escrevo
em gélidos medos que não seguro
e que só em pensar não me atrevo.
Ah… As minhas paisagens são lisas,
e se as vou delineando em pensamentos
nas minhas veias quentes deslisas
em raros e deliciosos momentos.
José António de Carvalho, 30-dezembro-2022
Foto: "www.estudioraposa.com" (Manoel Barros)
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