REVELO-ME ATRAVÉS DE SIMPLES VERSOS (Reservados os direitos de autor)
sábado, 19 de dezembro de 2020
Texto "E AGORA QUE É NATAL… "
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
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quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
Poema "ISOLAMENTO DE NATAL" (E-book de Natal 2020 do Solar de Poetas)
Primeiro poema da minha participação no e-book de Natal 2020 do Solar de Poetas e Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa.
Agradeço aos amigos das letras Rosa Maria Santos e José Sepúlveda a oportunidade concedida pelo terceiro ano consecutivo.
ISOLAMENTO DE NATAL
Vou sonhar com uma linda estrela
Que de longe virá visitar-me,
Será entre as outras a mais bela,
Por eu estar só, virá consolar-me.
Este Natal sem nada, vazio,
A lembrar a árvore despida.
Sem amor, fugiu, esse vadio,
Com os elos que ligam a vida.
A lareira matará o frio,
Na entrada pelo postigo aberto,
Comendo da noite esse ar sombrio
Que a alma carrega pelo deserto.
A estrela prosseguirá no céu,
Luz num mundo desafortunado,
Mostrando o caminho que é seu
Pra quem sofre um Natal confinado.
José António de Carvalho, 30-novembro-2020
sábado, 12 de dezembro de 2020
Poema "PERGUNTAS E PINHAS DE NATAL" e-book Solar de poetas
Interrogo o vento p'la direção,
A chuva incessante que faz a cheia,
O frio que leva os dedos da mão.
Interrogo por que as secas esmirram
Esse silêncio nas bocas cerradas
E lágrimas que nos olhos espirram.
Interrogo toda a mente egoísta
P'lo materialismo exacerbado
No tenebroso culto do "eu" endeusado.
Interrogo da beleza da flor
Qual a razão p'ra haver gente sem pão
Ou qualquer Natal sem ninhos de amor…
José António de Carvalho, 21-novembro-2020
quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
Poema "CANÇÃO FORA DE TOM"
Participação no XXII Evento de Poesia "Encontro Pôr do Sol" do Grupo Arte & Literatura Recanto da Poesia, a convite da amiga das letras Nilma Soares.
CANÇÃO FORA DE TOM
Não tenho letras para a letra,
Nem a varinha de condão
Para descobrir o teu beta
E cantar contigo a canção.
Pergunto ao vento que sopra
O refrão da nossa canção.
O som sai no tom mais confuso
Quando vibram as cordas lassas
Como roca tonta e sem fuso
Quando quero ver-te e não passas.
Pergunto ao vento que sopra
O refrão da nossa canção.
Carrego o dedo nesta nota,
alto tom para a ocasião,
Nesta batalha não há derrota
Mais cruel para o coração.
Pergunto ao vento que sopra
O refrão da nossa canção.
José António de Carvalho, 02-dezembro-2020
Foto minha (António Zambujo e Banda, Casa das Artes, Vila Nova de Famalicão)
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
Poema - "A CAMINHO DO OURO"
A CAMINHO DO OURO
Lá vão assim, esquecidos da morte,
Perfurando a vida sem seguro,
Com sofrimento fazem a sorte
Nessa fonte que brota do escuro
E que a sua nascente não aborte.
Pela sombra de cada rochedo
Onde desliza a água mais pura,
A pedra mais dura é o medo,
Meio de transporte prá loucura
Perdido na busca dedo a dedo.
A procura um dia há de findar
Entre os lingotes que a vida tem,
Que nos leva ou deixa no lugar,
Sem crer que na saída haja alguém
Que da mina nos queira tirar.
José António de Carvalho, 26-novembro-2020
domingo, 29 de novembro de 2020
Poema "ASAS DE OURO" - Concurso "Fado e Letras (Homenagem à Diva do fado, Amália Rodrigues)
ASAS DE OURO
Pobre e nobre do Fundão
Onde o tempo mais castiga
Não registada no balcão,
Mas lá nasceu a rapariga.
Mais tarde cinco verões
Num assento de Lisboa
Nasceria prás canções,
Fado “penas” e “malhoa”.
Bem cantou o grande Camões
D. Dinis, Ary, O’Neill e Alegre,
Mas pra tão lindas canções
Um simples poeta serve.
A nossa diva do fado
Que voou por todo o mundo
De sentimento amarrado
Arrancado bem do fundo
Do peito deste país.
Um firme grito no estio
Com cetro de imperatriz:
Povo que lavas no rio…
José António de Carvalho, 19-novembro-2020
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
Vídeo da declamação do Poema "OS MEUS NÃOS"
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
Poema "SOU DE NADA" (Versão II)
Este poema foi lido, no dia 14-outubro-2020 (sábado), no programa "As Nossas Raízes", da Cidade Hoje Rádio, da autoria de Manuel Sanches e Suzy Mónica.
SOU DE NADA
Para escrever preciso estar feliz.
Quando estou triste, choro. Faz-me bem.
Só escrevo o que o coração me diz
Mesmo sem o dizer a ninguém.
Sei que ninguém me irá acreditar,
Mas o que o meu pobre coração diz
É para que eu viva e seja feliz,
Embora pra isso precise de amar.
Amar sem aspas e sem reticências,
Vírgulas, traços e pontos finais,
Na escrita das maiores evidências
De um amor que atravessa vendavais.
Propus-me vivê-lo enquanto pudesse…
Bem sei que esse amor não voltará mais.
JA13C (Poema reformulado
José António de Carvalho, 18-novembro-2020)
Foto: JA13C (Estátua no Funchal, Ilha da Madeira)
sábado, 14 de novembro de 2020
Poema "O OUTRO LADO"
O OUTRO LADO
A luz do sol viu-a na Hungria
Em França morreu, a oito novembro
Pra se festejar hoje o dia
A onze, S. Martinho, relembro.
Forçado a militar romano
Cedo a Cristo se converteu
Cortou a sua capa de pano
Ó mendigo uma parte deu.
Pouco lembramos da história
Mantém-se a tradição pagã
Sendo apagada da memória
A sua obra na fé Cristã.
Resta-nos desse S. Martinho
As castanhas e bons magustos
Água-pé e provas do vinho
E bom comércio prós astutos.
Foto “ordinariato castrense”
quarta-feira, 11 de novembro de 2020
Poema "LÁGRIMA SOLITÁRIA" e Vídeo da declamação
LÁGRIMA SOLITÁRIA
Esse leve cristal ancorado no maior desencanto,
parado na sua nudez à luz do sol, no olho, ao canto.
Juntou-se a outros e outros, tantos mais cristais…
vestiu-se com traje único, de uma só lágrima.
Abandonou a casa húmida e evoluiu desorientada,
deslizou aturdida pelo meio dos enredos do corpo.
Desse corpo vertido numa montanha invertida,
e quanto mais ela descia, mais frio ainda sentia.
A lágrima nua, num corpo tão nu quanto ela,
caiu sobre o sapato negro, espelhante e congelou.
O sapato que cobria um pé tão nu quanto o corpo.
E a lágrima aí permaneceu só, congelada e fria.
Tão fria até à chegada de nova primavera ao coração.
José António de Carvalho, 11-novembro-2020
Foto da internet
segunda-feira, 9 de novembro de 2020
Vídeo da declamação do poema "OS FRACOS", de José António de Carvalho
sábado, 7 de novembro de 2020
Poema "AS VOLTAS DA VIDA"
AS VOLTAS DA VIDA
Ando às voltas na vida
Pra ver se encontro saída
Ando às voltas no fundo
Da vida deste submundo
Ando às voltas e presumo
Que encontrarei um rumo
Ando às voltas a cada dia
Na busca de laivos d’alegria
Ando às voltas e mais voltas
E deixo as pontas da vida soltas
Ando às voltas, e qual a razão?
São voltas envoltas no coração,
Dos caminhos retorcidos ou não
Ninguém o saberá com precisão.
José António de Carvalho, 06-novembro-2020
Quadro de Ricardo Martins – ARTE CELANO, GRUPO DE ARTISTAS
quarta-feira, 4 de novembro de 2020
Poema "NÃO POSSO DIZER"
LlV Encontro Pôr do Sol - Realizado a 26-08-2021
Tema: Na presença do luar, jurei amor eterno
A convite de Nilma Soares
NÃO POSSO DIZER
Era para te dizer, mas não digo.
Porque a cada palavra proferida
Falhar-me-á a voz, e não consigo
Dizer: És a mulher da minha vida!...
Queria dizer-te, o que nunca disse,
Que o amor tem a beleza duma flor,
Que a paixão é como luz a extinguir-se,
E que, amor, faz boa rima com dor.
José António de Carvalho, 04-novembro-2020
Pintura de Madalena Macedo (ARTE CELANO – GRUPO DE ARTISTAS)
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
ESTAMOS A PRATICAMENTE 15 MIL VISUALIZAÇÕES DAS 50.000
sábado, 31 de outubro de 2020
Poema "COM MÁSCARA NO HALLOWEEN"
Tema: Dia das Bruxas
Convite de Cristiano Múrcia
Característica que me define,
Há quem tenha grandes alegrias
Na mágica noite de Halloween.
Fico em casa a escrever, e ler
O que escrevem sobre este dia,
Mas é pelo Covid-19 temer
Porque não é nenhuma fantasia.
José António de Carvalho, 31-outubro-2020
Foto net
quarta-feira, 28 de outubro de 2020
Poema "HOJE VI O SOL"
HOJE VI O SOL
O Sol estava curioso e claro,
A espreitar com o seu ar vigilante,
Mas triste, cedeu o lugar às nuvens
E ficou em lágrimas, nesse instante.
Com um ar perplexo, entristecido
Ausente. Espreitava aqui e além
Naquele ar duro de foragido
Pra não ter que abraçar ninguém.
E vi esse Sol curioso e claro,
Com sorriso que nunca se viu,
Sentiu esta tristeza que trago
Virou as costas e foi, lá partiu.
Oh… Sol quente da minha vida…
Soubesse eu que amanhã te veria,
Teria grande explosão de alegria
Como se não houvera essa partida.
José António de Carvalho, 28-outubro-2020
Foto de Conceição Silva
Poema "A FUGA"
A FUGA
Foges-me e eu procuro-te.
Andas à procura de sonho e flores,
e nem sequer me vês. Mas revelo-te,
que sempre que te digo ao ouvido,
nesse arrepio que terás esquecido,
Que bebo as nossas noites de amor.
José António de Carvalho, 01-maio-2020
Foto da Lua - da minha autoria
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
Poema "CAMINHO"
As minhas pressas
alimentam-se de lentos erros
e enganos que a vida engana e perpetua.
Nunca tive tanta pressa
na lentidão que me assola,
e faz-me correr estupidamente para o fim.
Para o fim do momento,
para o fim do aprazível,
para o fim do conforto,
para o fim de tudo,
porque tudo tem fim.
Tudo será cinzento e frio…
dor, lágrimas, dúvida, angústia…
Pelo meio há um leve esboço de sorriso
já esquecido no tempo.
Essa é a beleza do Outono.
Uma beleza que se estende ao frio.
E como o poema
caminha para o fim
e não rima com nada,
e porque o fim, sim,
esse é que rima