Setembro
Deixa-me estar só no meu canto
Onde os dias perdem a pressa
Se afago a vida no meu pranto
É porque a saudade regressa.
Quero ver as uvas maduras
No meio das folhas douradas
Esperam mãos ágeis, seguras
Para as destronar das ramadas.
Deixa-me olhar só para ti
Com os meus olhos tão nublados
Pra ver que nem tudo perdi...
Ainda há homens apaixonados.
Deixa-me ver a Igreja Velha
Ouvir o som do violino
Até chegar a primavera
Para voltar a ser menino.
José António
de Carvalho, 05-setembro-2019
Foto do Palácio da Igreja Velha, FB
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