VÍDEO DA DECLAMAÇÃO DO POEMA PELA AMIGA ROSÁRIO SERRADO DE FREITAS.
NÃO VISTO FATO PRÁ POESIA
Não posso vestir o fato pra te dizer ó poesia
Se ele me ata os braços, como posso eu abraçar-te?…
E as calças que me prendem o andar na tua direção.
Depois, depois… a gravata, asfixia-me a respiração
Se a voz tem de sair livre como grito de andorinha
Que vive e explora o presente e o futuro adivinha.
A camisa, mesmo tendo a frescura de um rio
Contrai-me o sorriso e o palpitar do coração
Se estou no meio das tempestades da tua imensidão.
As peúgas… pobres peúgas. São quem segura as palavras simples
Que deslizam por mim como a água pelas montanhas
Por entre fragas profundas cortadas nas suas entranhas.
De facto, não posso usar o fato pra te dizer ó poesia
Porque és livre, tão livre como a branca luz do dia
Como asas de pássaro a cruzarem os céus de alegria.
José António de Carvalho, 30-agosto-2019
Foto Google
Agarrou num tema trivial e elaborou um belíssimo poema. A poesia é livre "como a branca luz do dia/como asa de pássaro a cruzarem os céus de alegria". Que belas imagens! Adorei.
ResponderEliminarMuito obrigado por ter gostado e pelo elogio, amiga das letras Rosário Serrado de Freitas!
EliminarUm abraço.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarPor erro meu, removi o comentário do estimado amigo e poeta João Cidade, que dizia: "João Cidade deixou um novo comentário na sua mensagem "Poema "NÃO VISTO FATO PRÁ POESIA"":
EliminarAs palavras têm que voar voar voar...
Para poder-mos brincar com elas dando-lhes nensagens para elas levarem levarem levarem...
Com as palavras controem-se poemas que vão nus, em missão, pelo mundo.
Grande abraço"
Muito obrigado, amigo poeta João Cidade! Neste Caso, por erro, meu, as suas palavras voaram daqui para fora! Um forte abraço.
EliminarDe facto a poesia é livre, mas é quando as almas se juntam e a cantam livremente que ela se expande... como o universo, que é imensurável. Pelo menos é o que eu acho... Parabéns pelo poema.
ResponderEliminarSuponho que se refere às almas do poeta e do leitor. Penso da mesma forma. Essa complementaridade é necessária.
EliminarMuito obrigado pelo comentário!