sábado, 24 de agosto de 2019

Poema "TUM, TUM, TUM..." (soneto)


TUM, TUM, TUM...

Será gente que bate assim à porta?
Que bater?!... Quem se faz anunciar?
Não é bom, este entrar do lado da horta
E co'a porta fechada, assim entrar

Entrada surda... E lá se vai deitar.
Baque frio, a espalhar só falsidade
Para não ter com quem se defrontar
Macabra, a aproveitar a ingenuidade.

E ela por mais que seja aguardada
Mas de tão indesejada aparição
Bem podia cair em um vulcão

Para se lhe barrar bem à entrada.
E a morte tornar-se-ia cinza e fogo
Acabando com este bruto jogo.

José António de Carvalho, 24-agosto-2019
Foto Conceição Silva


Sem comentários:

Enviar um comentário