As recusas
Abomino palavras opacas
de rosto tapado, que enganam
agridem e devastam.
Abomino palavras sujas
de pele encrostada e enquistada
repletas de lodo e sujidade.
Enojam-me as palavras vãs
que abrem os risos insípidos
das caixas de saneamento,
E as que saem pelo nariz
Incolores e impercetíveis
pelo seu requintado disfarce.
Ainda as palavras doentes
enfermas de lepra e vícios
das quais a carne se desprende.
Valem-me os raios brilhantes
e a frescura das tuas
palavras simples
sinceras
calorosas
e que me atam!…
José António de Carvalho, 31-outubro-2019
Foto de Conceição Silva
Palavras... se forem escritas têm muito mais força. Muito bom. Parabéns.
ResponderEliminarÉ verdade, amiga Maria Botelho! Um bom feriado para si!
Eliminar