NARCISISMO
Naquele ar imperador
A olhar com sobranceria
Quem estava em seu redor
Num cio que o embevecia.
Talvez tivesse escolhido
Coligir a obra de outro homem
Naquele ar de aborrecido
A quem os atos consomem.
No tempo que lhe foi dado,
Fê-lo com todo o primor
Falando desse passado
Elevando-se um senhor.
Pouco resta desse dia,
Se as nuvens apareceram
Com elas só a poesia
Que os outros escreveram.
José António
de Carvalho, 26-fevereiro-2020
Pintura "Narciso"
(1594-1596), Caravaggio
Fantastico despertar de Narciso.
ResponderEliminarMuito obrigado pela leitura e comentário, amiga Ana Costa Silva!
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