SE NADA RESTA
Estando nós no meio dela,
duma manhosa tempestade,
asfixiando-se os soluços
pela sangria dos recursos
no parapeito da janela.
Como sempre gosto de vê-la
com seus ares de Cinderela.
Mas cortou a corda ó Romeu,
que caiu como ovo no chão,
e num surdo suspiro em vão
lá fechou os olhos e morreu.
“Cai o Carmo e a Trindade”,
e tudo o resto é saudade…
José António de Carvalho, 23-agosto-2020
Quadro do Museu Arqueológico de Lisboa
Um poema que gera sorrisos. Obrigada poeta. Um abraço
ResponderEliminarMuito obrigado pela leitura e comentário! Um abraço.
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