Este poema recebeu Diploma pela publicação na Accademia Poetica Mondiale "Erato" Portugallo, concedido pela poetisa e amiga Rosa Céu.
Procuro sempre palavras certas
Que voem serenas no vento
Como tule leve. E concretas,
Para extrair delas ouro e alento.
Se por mero erro as deixo cair
Na lama e areias movediças,
Perco o meu sentido de prumo
e no desacerto me arrumo.
E procuro as palavras certas
Para não serem como setas
Apontadas ó centro do alvo,
Onde se morre sem diálogo,
Sem proferir quaisquer palavras,
E assim elas são só escravas,
E tão escravas neste monólogo.
José António de Carvalho, 21-setembro-2020
Quadro de Pierre-Michel De Keyn
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