TEATRO DOS DIAS
Passadas as tormentas dos enredos
o argumento desenrola da peça,
É como um tapete mágico esquivo,
Fugidio, na linha do vento norte,
Que sopra sempre em arrepio forte.
Há noites que são claras como dias,
Dias que vestem o negro da noite,
São como fruto vermelho sombrio
Se o novo sol é menos luzidio.
Passo a minha mão leve p'lo teu lado
Nesse mar que se encolhe e adormece
Sempre que chegas na sombra da noite
Tomada p'lo jeito do mesmo enfado,
E se outro dia for noite é fado,
Se for só dia, vai… e desaparece.
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