quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Poema "ROTINAS QUE MATAM"


ROTINAS QUE MATAM

Há uma porta entreaberta
entre o que fomos e o que somos.

Há um ritual divino em deixar passar
as ondas da imaginação que se levantam.

Ganham força as rotinas vãs
que moem os segundos que são de viver.

Mas o ponto de rutura vem na brisa,
e num ápice torna-se em vendaval,
lançando por terra todos os sonhos.

E lá voltamos a reaprender a edificar,
a colocar novas portas para depois abrir.

E faremos sempre as mesmas coisas
até que as forças se esfumem.

José António de Carvalho, 27-agosto-2025
Foto "Pinterest"




2 comentários:

  1. Ninguém sabe onde está o fim da linha cronológica!
    O destino está lá ....
    Pode acontecer a todos....
    Podia ser um de nós.

    ResponderEliminar